06 de fev 2025
Divisão na bancada evangélica: bolsonaristas ameaçam deixar frente por disputa de liderança
A Frente Parlamentar Evangélica tem 245 membros e está dividida entre Otoni de Paula e Gilberto Nascimento. A eleição para a liderança ocorrerá em 26 de fevereiro, marcando um novo capítulo. Otoni se aproxima do governo Lula, enquanto Nascimento é alinhado ao bolsonarismo. A tensão é alta, com ameaças de debandada dos bolsonaristas se Otoni vencer. Silas Câmara, atual presidente, defende a conciliação e critica as ameaças de saída.
Os deputados federais Otoni de Paula e Gilberto Nascimento (Foto: Divulgação)
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A Frente Parlamentar Evangélica se encontra em um momento decisivo, com duas candidaturas disputando a liderança: Otoni de Paula (MDB-RJ), que se aproxima do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e Gilberto Nascimento (PSD-SP), alinhado ao bolsonarismo. Ambos são membros da Assembleia de Deus e a divisão interna se intensificou com a candidatura de Otoni, levando bolsonaristas a ameaçar deixar o bloco caso ele vença.
A bancada, que conta com 245 deputados e senadores, precisa de pelo menos 198 para funcionar, conforme o regimento interno do Congresso Nacional. A articulação de uma debandada entre os bolsonaristas visa desestabilizar a frente, que atualmente enfrenta um clima de tensão e falta de consenso. Parlamentares relataram que a resistência a Otoni é motivada pelo temor de um alinhamento maior com o governo federal.
Otoni de Paula já havia representado a frente em uma reunião no Palácio do Planalto, onde o presidente sancionou o Dia Nacional da Música Gospel, o que gerou críticas por seus elogios a Lula. Em contraste, Nascimento é um dos fundadores do grupo e conta com o apoio do pastor Silas Malafaia, sendo respeitado na bancada. A eleição para a liderança da frente está marcada para 26 de fevereiro, um evento inédito, já que até agora as decisões eram tomadas por consenso.
O atual presidente, Silas Câmara (Republicanos-AM), expressou esperança por uma conciliação e minimizou as ameaças de debandada, questionando a lógica de participar da eleição se há intenção de sair. Nos bastidores, há uma expectativa de que Otoni seja o escolhido, com apoio de figuras influentes da bancada, enquanto Nascimento recebe respaldo de outros líderes, como Sóstenes Cavalcante, do PL.
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