24 de fev 2025
Bancada evangélica enfrenta divisão interna e elege novo presidente nesta terça-feira
A bancada evangélica do Congresso, com 219 deputados e 26 senadores, está dividida. Três candidatos disputam a liderança: Otoni de Paula, Gilberto Nascimento e Greyce Elias. A polarização interna reflete a falta de consenso sobre o futuro da bancada. Otoni de Paula, antes forte, perdeu apoio por se aproximar do governo Lula. Greyce Elias, única mulher na disputa, busca votos como uma alternativa ao extremismo.
Os postulantes ao comando da FPE: Gilberto Nascimento, do PSD de São Paulo (à esquerda), Greyce Elias, do Avante de Minas Gerais (ao centro), e Otoni de Paula, do MDB do Rio de Janeiro (Foto: Zeca Ribeiro/Bruno Spada/Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)
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A bancada evangélica do Congresso, criada em 2003, enfrenta uma divisão interna sem precedentes e vai às urnas com três candidatos: Otoni de Paula (MDB-RJ), Gilberto Nascimento (PSD-SP) e Greyce Elias (Avante-MG). A eleição, marcada para a tarde desta terça-feira, 25, será realizada de forma eletrônica. A falta de consenso reflete a polarização sobre a direção que a bancada deve tomar nos últimos dois anos do governo Lula. Otoni, pastor e fundador da igreja Ministério Missão de Vida, conta com o apoio do atual líder da bancada, Silas Câmara (Republicanos-AM), enquanto Nascimento é respaldado por Silas Malafaia e Sóstenes Cavalcante (PL).
Otoni, que era considerado o favorito, perdeu apoio por sua aproximação com o governo Lula, cuja desaprovação entre os evangélicos é de 56%, segundo pesquisas. O descontentamento aumentou após sua participação em uma cerimônia com Lula, o que irritou a ala mais bolsonarista da bancada. Tradicionalmente, a escolha do líder da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) ocorre por consenso, mas a atual divisão levou ao adiamento da eleição, inicialmente prevista para dezembro, para fevereiro. Otoni, em entrevista, negou a possibilidade de retirar sua candidatura e criticou tentativas de polarização, defendendo a necessidade de diálogo com o governo.
Os candidatos têm perfis distintos. Otoni, vice-presidente da FPE, busca um equilíbrio entre a defesa de pautas conservadoras e o diálogo com o governo. Nascimento, um dos fundadores da FPE, tem uma trajetória marcada por apoio a impeachments e presidentes conservadores. Greyce Elias, a única mulher na disputa, se apresenta como uma alternativa, transitando entre os dois lados e buscando votos pela sua singularidade na corrida. A FPE, composta por 219 deputados e 26 senadores, é um dos grupos mais influentes do Parlamento, refletindo a complexidade da política evangélica no Brasil atual.
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