07 de fev 2025
Sidônio Palmeira se reúne com agências e busca revitalizar comunicação do governo Lula
A Secom, sob Sidônio Palmeira, planeja nova campanha para melhorar a imagem do governo. A comunicação digital será priorizada, mas a estrutura atual é deficiente. Lula reconhece a comunicação como um problema, mas enfrenta desinformação crescente. A falência da comunicação governamental é atribuída ao marketing político. O episódio do PIX exemplifica a crise de credibilidade e a falta de diálogo.
Sidônio Palmeira: a próxima campanha do governo vem aí (Foto: Brenno Carvalho/Ag. O Globo)
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A Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Lula está se preparando para uma nova campanha publicitária, após suspender uma ação anterior relacionada à crise do PIX. Na terça-feira, 4, o novo chefe da Secom, Sidônio Palmeira, se reuniu com diretores de quatro agências de publicidade para discutir o briefing da próxima campanha, que pode focar nas realizações do governo. Embora não tenha definido prazos, a expectativa é que a campanha comece ainda em março, refletindo a urgência do governo em melhorar sua imagem.
Sidônio Palmeira destacou a necessidade de uma comunicação mais regionalizada e segmentada, enfatizando a importância das redes digitais. Ele reconheceu que a Secom enfrenta desafios na comunicação digital, uma fragilidade herdada da gestão anterior. Para contornar essa situação, Sidônio planeja lançar um edital para estruturar a comunicação digital, que deve estar em funcionamento apenas no segundo semestre. Enquanto isso, ele orientou as agências a intensificarem a veiculação de campanhas nas mídias digitais.
Lula identificou a comunicação como um dos principais problemas de seu governo, argumentando que, apesar dos bons resultados, a população não os reconhece. Essa percepção, no entanto, é comum em governos em crise, que frequentemente atribuem a culpa à forma como a mensagem é transmitida. O governo também enfrenta o desafio das fake news, que distorcem suas realizações e geram percepções negativas. Contudo, a comunicação governamental no Brasil enfrenta uma crise mais profunda, marcada pela captura do marketing político, que compromete sua função de promover transparência e participação cidadã.
O episódio do PIX exemplifica essa crise, onde a falta de uma comunicação clara resultou em uma percepção negativa da medida, que visava combater a sonegação. Em vez de esclarecer os objetivos, o governo adotou uma abordagem polarizadora, o que prejudicou ainda mais sua credibilidade. O vídeo do deputado Nikolas Ferreira sobre o tema alcançou mais de 300 milhões de visualizações, evidenciando a falha na comunicação. Diante desse cenário, a nomeação de Sidônio Palmeira, um marqueteiro com experiência em campanhas eleitorais, levanta questionamentos sobre a possibilidade de resgatar a essência da comunicação governamental, que deve ser um elo entre o Estado e a sociedade.
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