08 de fev 2025
Governo Trump planeja demissões em massa no setor de saúde, alerta jornal americano
O governo Trump planeja demitir milhares de funcionários do Departamento de Saúde. O CDC é o foco principal, com funcionários classificados em três categorias. A medida pode ser anunciada em breve, mas termos do decreto ainda não estão definidos. Cortes podem agravar a escassez de profissionais de saúde pública nos EUA. Republicanos defendem revisão das qualificações dos servidores após mandato de Biden.
O presidente dos EUA, Donald Trump, durante reunião com o premiê japonês Shigeru Ishiba na Casa Branca, em 7 de fevereiro de 2025 (Foto: Jim Watson / AFP)
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O governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, está elaborando um decreto que pode resultar na demissão de milhares de funcionários do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS). Fontes do Wall Street Journal (WSJ) indicam que gestores já estão se preparando para classificar trabalhadores como essenciais ou não, especialmente no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Os funcionários em período probatório devem ser avaliados, com 10% considerados essenciais, 50% importantes e 40% não essenciais, com classificações a serem enviadas até quinta-feira.
Um funcionário do CDC descreveu o processo de revisão como “horrível”, enfatizando que a análise focou na missão da agência, não nos indivíduos. Outras agências de saúde também foram instruídas a classificar seus funcionários, mas com menos detalhes. A medida pode ser anunciada na próxima semana, após a oferta de um plano de demissão voluntária. Contudo, os termos do decreto ainda estão em discussão, e a Casa Branca pode optar por não prosseguir.
Os cortes afetariam o HHS, que conta com mais de 80 mil funcionários, incluindo agências como os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) e a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA). Richard Besser, ex-diretor interino do CDC, alertou que cortes dessa magnitude podem comprometer a saúde pública federal, aumentando o risco em futuras crises de saúde. Estima-se que até 10% dos 2,3 milhões de trabalhadores federais estão em período probatório e podem ser dispensados com mais facilidade.
A administração Trump busca reduzir o número de funcionários federais entre 2% e 5%, utilizando incentivos e ameaças. Um programa de demissão voluntária foi anunciado, permitindo que funcionários se demitam com salário até setembro, mas foi suspenso por um juiz após mais de 40 mil pessoas manifestarem interesse em deixar seus cargos. Alguns republicanos pedem uma reestruturação do CDC, criticando sua resposta à pandemia de Covid-19, que resultou na morte de mais de 1 milhão de americanos.
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