Política

Oposição abandona pautas de costumes e foca em críticas à economia de Lula

A oposição bolsonarista mudou sua estratégia, focando em críticas econômicas ao governo Lula. Levantamento da consultoria Palver mostra aumento de menções à inflação e diesel. Lula gerou polêmica ao sugerir que a população "eduque se" sobre preços altos. Manifestações da bancada bolsonarista destacaram insatisfação com preços de alimentos. Polarização econômica reflete a crise atual, impactando a percepção pública sobre o governo.

Boné na cabeça e picanha na mão: bolsonaristas protestam contra o governo (Foto: Brenno Carvalho / O Globo)

Boné na cabeça e picanha na mão: bolsonaristas protestam contra o governo (Foto: Brenno Carvalho / O Globo)

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A oposição bolsonarista, conhecida por suas pautas conservadoras, alterou sua estratégia e agora foca em desgastar o governo Lula por meio de críticas à agenda econômica. Um levantamento da consultoria Palver revelou que as críticas se concentram na alta da inflação, no aumento do diesel e na crise do Pix. Essa mudança de tática contrasta com a abordagem utilizada nas eleições de 2022, que priorizava temas como aborto e direitos LGBTQIA+. A pesquisa analisou postagens em plataformas como WhatsApp, Telegram, X e TikTok nos últimos 90 dias, destacando a inflação como o tema mais discutido.

Os dados mostram que, no Telegram, as menções à economia atingiram 310 ocorrências a cada 100 mil posts, enquanto discussões sobre direitos e costumes somaram apenas 60 menções. No WhatsApp, as publicações sobre economia (141) superaram em quase três vezes as críticas a pautas conservadoras (52). No TikTok, a diferença foi ainda maior, com 1.337 referências à economia contra 657 sobre a agenda de costumes. O cientista político Lucas Cividanes observa que a oposição se aproveita de eventos políticos que afetam a sociedade, enquanto a professora Luciana Veiga destaca que a narrativa de ineficiência do governo ressoa com a população.

Uma declaração de Lula sobre "educar" a população em relação aos preços altos foi utilizada por adversários para criticar o governo. O presidente sugeriu que as pessoas não comprem produtos que considerem caros, o que gerou reações de senadores bolsonaristas. Em uma manifestação, a bancada do PL fez críticas à alta dos preços, utilizando símbolos como um boné verde e amarelo. A oposição também intensificou as críticas em relação à crise do Pix, que ganhou destaque nas redes sociais, levando o governo a suspender tentativas de aumentar o monitoramento das transferências.

Além disso, a recente alta do preço do diesel, justificada por Lula como uma correção necessária, também gerou embates entre governo e oposição. O aumento de R$ 0,22 por litro foi atribuído a decisões da Petrobras, mas o ex-presidente Bolsonaro contestou a responsabilidade. A oposição, por sua vez, critica propostas do ministério da Fazenda, como a taxa sobre compras internacionais. O economista Alexandre Chaia aponta que a polarização econômica se intensifica em tempos de crise, enquanto o pesquisador Samuel Pessôa sugere que o governo busca ajustes para garantir a reeleição de Lula em 2026.

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