11 de fev 2025
MP-SP investiga irregularidades em obra de canalização no Jardim Pantanal, zona leste de SP
O MP SP investiga a gestão do prefeito Ricardo Nunes por irregularidades em contratos. Indícios de cartel e superfaturamento foram encontrados na obra do córrego Lajeado. O deputado Guilherme Boulos solicitou a investigação, que começou em dezembro de 2023. A prefeitura defende que as obras emergenciais seguem todos os ritos legais. Jardim Pantanal enfrenta alagamentos frequentes, afetando milhares de moradores.
Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo; o governo diz que a obra se enquadra como emergencial por risco de desabamento e nega suspeitas. (Foto: Edilson Dantas/O Globo)
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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu um inquérito civil contra a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para investigar indícios de formação de cartel, superfaturamento e uso excessivo de contratos emergenciais em uma obra de canalização no Jardim Pantanal, na Zona Leste. O pedido foi feito pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que alega irregularidades nos contratos firmados entre agosto de 2021 e junho de 2022, destacando a concentração de contratações em um grupo específico de empresas.
O inquérito, que começou em 19 de dezembro, foi notificado a Boulos em 5 de fevereiro. A obra, que custou R$ 18,4 milhões e foi concluída em abril de 2023 pela Abcon Consultoria e Engenharia Eireli, visava conter a erosão que ameaçava mais de 50 casas na região. A prefeitura defende que todas as contratações seguiram os ritos legais e que os questionamentos do MP foram respondidos.
O MP justifica a investigação com base em um procedimento do Tribunal de Contas do Município (TCM), que aponta um aumento significativo de contratos com dispensa de licitação, sugerindo a possibilidade de improbidade administrativa. A promotoria solicitou que a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras apresentasse uma planilha detalhada dos contratos emergenciais firmados entre 2021 e 2023.
A região do Jardim Pantanal é frequentemente afetada por alagamentos, e em fevereiro, moradores enfrentaram mais de uma semana de inundações. A prefeitura propôs a remoção de famílias da área, o que poderia afetar cerca de 36 mil famílias. O custo estimado para indenizações e construção de novas moradias é de aproximadamente R$ 1,9 bilhão. Além disso, outras propostas para mitigar os alagamentos estão sendo consideradas, incluindo a construção de diques e reservatórios.
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