13 de fev 2025
Ministério da Justiça inicia construção de muralhas em presídios federais no segundo semestre
O Ministério da Justiça investirá R$ 157,6 milhões em muralhas em presídios federais. Quatro servidores da Penitenciária de Mossoró foram afastados por falhas na segurança. Fuga de detentos do Comando Vermelho em 2024 resultou em caçada de 50 dias. Novas tecnologias, como câmeras e reconhecimento facial, serão implementadas. A construção da muralha em Mossoró deve ser concluída em até 18 meses.
Presídio federal de Mossoró (RN) recebeu investimentos para corrigir falhas de segurança que permitiram a fuga de dois presos em fevereiro de 2024. (Foto: Senappen/Ministério da Justiça)
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O Ministério da Justiça anunciou a construção de muralhas nos presídios federais de Catanduva (SP) e Campo Grande (MS), com início previsto para o segundo semestre de 2024. As obras seguem a construção da muralha do presídio de Mossoró (RN), que começou no mês passado e deve levar de 12 a 18 meses para ser concluída. O investimento total para as quatro unidades prisionais que não possuem proteção é de R$ 157,6 milhões. O ministro Ricardo Lewandowski atribuiu a demora ao processo de licitação, enfatizando a necessidade de seguir rigorosamente a legislação.
A fuga de dois detentos do presídio de Mossoró, ocorrida em 14 de fevereiro de 2024, motivou as novas medidas de segurança. Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, membros do Comando Vermelho, foram recapturados após 50 dias. Lewandowski destacou que a penitenciária apresentava problemas estruturais e que a construção da muralha é uma resposta a essa situação. Ele afirmou que, com as adequações, o governo busca garantir que não ocorram mais fugas.
Além das muralhas, o governo anunciou a compra de 10 mil câmeras de segurança para o sistema prisional federal, com um custo de R$ 4,2 milhões. O secretário de Políticas Penais, André Garcia, mencionou que essas câmeras permitirão o mapeamento dos movimentos dos detentos por meio de reconhecimento facial. Também está previsto o lançamento do projeto Omega, que utilizará Inteligência Artificial para monitorar conversas dos presos.
A investigação da Polícia Federal revelou falhas estruturais e procedimentais que facilitaram a fuga. O relatório apontou que as instalações do presídio estavam degradadas e que tecnologias obsoletas foram utilizadas. Após o incidente, o ministério implementou melhorias significativas, incluindo a instalação de grades e a eliminação de ferros expostos, além de reforçar a segurança com novos equipamentos e viaturas.
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