Custo de presos federais chega a R$ 40 mil mensais, 40 vezes mais que estaduais

Os líderes das facções criminosas PCC e Comando Vermelho, como Marcola, Fernandinho Beira-Mar e Marcinho VP, estão atualmente encarcerados em presídios federais de segurança máxima. Cada um desses detentos gera um custo superior a R$ 40 mil mensais para o governo. Em 2024, o custo médio por preso federal foi de R$ 40,8 mil, conforme dados da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais). No ano anterior, a despesa total das prisões federais ultrapassou R$ 211 milhões, com a maior parte destinada a salários de funcionários.

O Brasil conta com cinco unidades prisionais federalizadas, localizadas em Brasília, Mossoró (RN), Catanduvas (SC), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO), cada uma com capacidade para 208 detentos. No entanto, os números exatos de presos não são divulgados por questões de segurança. Em contraste, os detentos estaduais custaram entre R$ 1 mil e R$ 4 mil mensais em 2024, com a Bahia apresentando o maior custo médio de R$ 4.367,55 por preso.

A Senappen destacou que os altos custos dos presídios federais se devem ao nível de segurança exigido para detentos de alta periculosidade. Essas unidades possuem infraestrutura robusta, com mais agentes e equipamentos avançados. Além disso, cada preso tem cela individual e acesso a serviços médicos, educacionais e psicológicos, evitando deslocamentos externos.

Os salários dos policiais penais federais também são significativamente mais altos em comparação aos estaduais, com um aumento médio de 60% em 2024, passando de R$ 13 mil para R$ 20 mil. O governo justifica esses valores pelo trabalho em ambientes de alta tensão e risco, onde a responsabilidade é maior devido à presença de criminosos perigosos. Comparativamente, o custo anual de um preso em segurança máxima nos Estados Unidos foi de US$ 42.672 em 2022, equivalente a aproximadamente R$ 240 mil.