18 de fev 2025
PGR denuncia Jair Bolsonaro por liderar organização criminosa e tentativa de golpe de Estado
A Procuradoria Geral da República denunciou Jair Bolsonaro por liderar organização criminosa. A denúncia inclui cinco crimes, com pena de até 38 anos de prisão se condenado. O chefe da PGR, Paulo Gonet, descreve os eventos de 8 de janeiro como "atos de insurgência". Investigação revela articulações para impedir a posse de Lula após as eleições de 2022. Outros 34 denunciados incluem ex ministros e militares, todos negam envolvimento.
Gonet: "O sentimento de insegurança e impunidade que se instaurou após os eventos de 8 de janeiro pode gerar um ciclo vicioso de violência e radicalização." (Foto: Antonio Augusto/Secom/MPF/Divulgação)
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 34 indivíduos, acusando-os de crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. A denúncia, protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF), destaca que os denunciados integraram uma organização criminosa com o objetivo de manter um projeto autoritário de poder. Gonet descreve os eventos de 8 de janeiro como atos de insurgência realizados por extremistas, não como uma manifestação popular.
Gonet argumenta que os envolvidos tentaram abolir o Estado Democrático de Direito e depor o governo legitimamente eleito, utilizando a violência como meio para alcançar seus objetivos. Ele afirma que a quebradeira na Praça dos Três Poderes visava desestabilizar o ambiente democrático e corroer a confiança pública nas instituições. O procurador também menciona que a tentativa de golpe foi articulada em reuniões e ações promovidas pelo núcleo próximo de Bolsonaro, que buscava impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
Se condenado, Bolsonaro pode enfrentar até 30 anos de prisão pelas acusações. A denúncia se baseia em investigações da Polícia Federal (PF), que identificaram uma organização criminosa atuando de forma coordenada para manter Bolsonaro no poder. O inquérito revelou que o ex-presidente teria ordenado a participação de oficiais das Forças Armadas em discussões sobre o golpe, que não se concretizou devido à negativa dos comandantes do Exército e da Aeronáutica.
Além de Bolsonaro, outros ex-ministros e assessores estão entre os denunciados. A PGR também destacou um plano para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. O plano, denominado "Punhal Verde Amarelo", foi impresso no Palácio do Planalto e indica uma tentativa de desestabilização do governo. A investigação continua, com a expectativa de que o STF decida sobre o recebimento da denúncia e a possível transformação dos acusados em réus.
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