Política

Wayback Machine registra sites removidos pela administração Trump

A administração Trump removeu milhares de páginas governamentais, afetando dados críticos. Conteúdos do CDC e do Departamento de Justiça foram excluídos, incluindo informações sobre o ataque de 6 de janeiro. Arquivistas digitais, como o Internet Archive, intensificam esforços para preservar dados online. A Wayback Machine permite visualizar versões anteriores de páginas removidas desde 1996. A preservação digital é desafiadora, com 38% das páginas de 2013 já inacessíveis em 2023.

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Nos últimos meses, a Casa Branca ordenou a remoção de milhares de páginas da web do governo, afetando informações sobre temas críticos como orientação sexual, casos do 6 de janeiro e discriminação. Desde a segunda posse do presidente Donald Trump, essa ação ilustra como dados podem desaparecer rapidamente da internet, gerando um aumento no interesse por parte de arquivistas digitais em preservar informações online. Em janeiro, páginas do site dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) foram retiradas para atender a ordens executivas de Trump, embora algumas tenham retornado após decisão judicial.

Além do CDC, outros sites removidos incluem páginas do Departamento de Justiça relacionadas ao ataque ao Capitólio, informações sobre cuidados para pacientes trans no Healthcare.gov, e conteúdos sobre diversidade de gênero no site da TSA. Segundo Mark Graham, diretor do Wayback Machine, a quantidade de conteúdo excluído nesta administração é maior do que em transições anteriores. O Wayback Machine, operado pelo Internet Archive, permite que usuários visualizem versões anteriores de páginas da web, preservando dados desde 1996.

A preservação de informações digitais é um desafio, conforme destacado por Rebecca Frank, professora da Universidade de Michigan. Ela enfatiza a importância de manter registros governamentais, especialmente em momentos de mudança de administração. O Harvard Law Library Innovation Center lançou recentemente um arquivo do data.gov, que fornece dados de pesquisa ao público, e a Environmental Data & Governance Initiative (EDGI) tem trabalhado para arquivar dados críticos do governo, especialmente após a remoção de ferramentas digitais pela administração Trump.

A vulnerabilidade do conteúdo online é um problema crescente, com um relatório do Pew Research revelando que 38% das páginas disponíveis em 2013 não estavam mais acessíveis dez anos depois. Johnny Hadlock, diretor da National Association of Government Archives & Records Administrators, ressalta que as agências governamentais precisam incorporar a arquivação em seus processos para proteger sua presença online. A preservação de registros digitais é essencial, pois muitos dados valiosos são frequentemente perdidos devido à natureza mutável da internet.

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