Senado inicia maratona de votações para avançar agenda de Trump e enfrenta desafios internos

Senadores republicanos iniciaram uma série de votações maratonas na quinta-feira à noite, buscando aprovar um esboço orçamentário que avança a agenda do presidente Donald Trump. Apesar de Trump ter endossado um plano mais abrangente dos republicanos da Câmara, os senadores prosseguem, refletindo os desafios enfrentados pelos republicanos no Congresso, que lidam com maiorias estreitas e estratégias divergentes. Antes da votação do esboço orçamentário do GOP no Senado, a câmara realiza uma série de votações de emendas, conhecidas como “vote-a-rama”, que podem se estender por horas, permitindo que cada partido force o outro a se posicionar sobre questões controversas.

Durante a sessão que se estendeu até a manhã de sexta-feira, os democratas tentaram forçar votações difíceis para os republicanos em temas como a guerra na Ucrânia e a proteção do Medicare e Medicaid. Os republicanos do Senado apresentaram um esboço orçamentário mais restrito, focando em aumentar o financiamento para a segurança nacional e a produção de energia, enquanto os republicanos da Câmara buscam um plano mais abrangente que aborde a política tributária, um tema que os senadores preferem tratar em um segundo pacote legislativo.

Trump pediu a ambos os lados que aprovassem o plano da Câmara, afirmando que ele implementa “toda a minha agenda America First”. Durante a sessão de votação, Trump elogiou os republicanos do Senado, agradecendo ao líder da maioria, John Thune, pelo trabalho em financiar a agenda de segurança na fronteira. Os democratas, por sua vez, tentaram retratar os republicanos como a "partido dos ricos", conseguindo, em alguns momentos, atrair votos de senadores republicanos em emendas que bloqueavam cortes de impostos para bilionários.

Para que o Congresso avance com a legislação, uma resolução orçamentária idêntica deve ser aprovada tanto pela Câmara quanto pelo Senado. Isso permitirá que os republicanos do Senado avancem com a legislação por meio de um processo conhecido como reconciliação, que não pode ser obstruído, permitindo aprovação por maioria simples. Contudo, a resolução orçamentária deve ser unificada entre as duas câmaras, e o caminho para isso ainda é incerto, com negociações difíceis à frente.