Política

Migrantes deportados dos EUA enfrentam isolamento e condições precárias em Panamá

Quase 300 migrantes asiáticos foram deportados dos EUA e levados ao Panamá. Migrantes enfrentaram isolamento em hotel, sem acesso a assistência legal. Cerca de 97 migrantes foram transferidos para acampamento na selva de Darién. Condições precárias no acampamento levantam preocupações sobre direitos humanos. Autoridades panamenhas negam abusos, mas advogados planejam ações legais.

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Cerca de 300 migrantes asiáticos, deportados pelos Estados Unidos, foram mantidos em um hotel em Panamá sob forte segurança e com contato limitado com o mundo exterior. As autoridades panamenhas concordaram em acolhê-los temporariamente antes da repatriação, em um contexto da campanha de deportação em massa da administração Trump. Alguns migrantes foram transferidos para um acampamento remoto na selva, onde aguardam a decisão sobre seu futuro, enfrentando condições que, segundo advogados, podem ter violado seus direitos.

Os migrantes chegaram a Panamá após serem deportados e muitos não sabiam que estavam sendo levados para outro país. Eles foram levados ao Decapolis Hotel, onde permaneceram isolados, sem acesso ao exterior. A advogada Jenny Soto Fernández relatou que seus clientes vivem em medo e incerteza, sem informações sobre seus direitos ou ordens de remoção. Um dos migrantes, Artemis Ghasemzadeh, expressou preocupação com sua segurança caso seja enviada de volta ao Irã, onde teme perseguições por sua conversão ao cristianismo.

Os migrantes tentaram chamar a atenção de jornalistas, segurando cartazes pedindo ajuda. O ministro da Segurança do Panamá, Frank Ábrego, justificou a detenção no hotel como uma medida de proteção e para verificar a identidade dos migrantes. Soto argumentou que eles têm o direito de solicitar asilo, pois fogem de perseguições. Apesar de seus esforços para se encontrar com os clientes, ela foi impedida de entrar no hotel, onde os migrantes expressaram sua frustração e desejo de assistência legal.

Recentemente, cerca de 97 migrantes foram transferidos para um acampamento na selva de Darién após a cobertura da mídia sobre sua situação. Ghasemzadeh foi uma das transferidas, e relatos indicam que as condições no novo local são precárias, com acesso limitado a medicamentos e comunicação. Mais de 100 migrantes solicitaram não serem repatriados, e o governo panamenho está buscando um terceiro país que os aceite. O presidente José Raúl Mulino afirmou que não houve violação de direitos humanos, enquanto advogados planejam ações legais contra o Panamá e os EUA.

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