Política

Selva do Darién deixa de ser rota migratória para os Estados Unidos, afirma presidente do Panamá

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, anunciou redução drástica de migrantes. Apenas 112 migrantes cruzaram o Darién em março, uma queda significativa. O governo desmonta acampamentos de apoio, fechando a rota migratória. Migrantes retornam do norte em lanchas, evitando a selva do Darién. Críticas de direitos humanos surgem sobre abrigos temporários para deportados.

Durante a campanha eleitoral que o levou ao poder, José Raúl Mulino prometeu 'fechar' essa rota migratória. (Foto: AFP)

Durante a campanha eleitoral que o levou ao poder, José Raúl Mulino prometeu 'fechar' essa rota migratória. (Foto: AFP)

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A selva do Darién, na fronteira entre Colômbia e Panamá, deixou de ser uma rota para migrantes em busca do sonho americano, conforme afirmou o presidente panamenho, José Raúl Mulino. O fluxo de migrantes caiu drasticamente devido ao medo das deportações em massa ordenadas pelo governo do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Nos últimos três anos, mais de um milhão de pessoas utilizaram essa rota, mas em março de 2024, apenas 112 migrantes cruzaram a região, uma queda significativa.

Mulino destacou que a operação de controle migratório começou em 2016, quando o número de migrantes aumentou. A selva, que se estende por 266 km e cobre uma área de 575.000 hectares, tornou-se um corredor para muitos, especialmente venezuelanos. Com a diminuição do fluxo, o governo panamenho, em parceria com agências da ONU, começou a desmontar os acampamentos de apoio aos migrantes, que incluíam crianças e idosos.

O presidente também mencionou um novo fluxo de migrantes que, ao desistirem de ir para os Estados Unidos, estão retornando do México e de outros países da América Central. Esses migrantes agora utilizam lanchas em pequenos portos caribenhos do Panamá para chegar à Colômbia, evitando a travessia pela selva. Mulino reafirmou que não permitirá mais migrantes na área do Darién e que seu governo havia prometido "fechar" essa rota durante a campanha eleitoral.

Além disso, o Panamá aceitou atuar como "ponte" para migrantes deportados pelos Estados Unidos, recebendo 299 deportados em fevereiro, a maioria de origem asiática. Aqueles que não aceitaram a repatriação foram temporariamente abrigados na província do Darién. Após críticas de grupos de direitos humanos, 112 migrantes receberam autorização para deixar o abrigo e buscar vistos para outros países, com um prazo de três meses para encontrar um novo destino antes de serem expulsos ou deportados. Muitos expressaram medo de retornar aos seus países de origem, alegando falta de recursos e risco à segurança.

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