Política

Governador Eduardo Leite busca soluções para a termelétrica Candiota III em Brasília

O governador Eduardo Leite busca apoio em Brasília para reabrir a Candiota III. A termelétrica, paralisada desde janeiro, é crucial para a economia local. Estudos apontam que a usina é a maior emissora de gases de efeito estufa do Brasil. Leite propõe um "Plano de Transição Energética Justa" para mitigar impactos. Especialistas divergem sobre a viabilidade da continuidade da usina em meio à crise climática.

Poluição. Candiota III tem baixa eficiência e lidera o ranking de emissões no setor elétrico (Foto: Eduardo Tavares/Ministério do Planejamento)

Poluição. Candiota III tem baixa eficiência e lidera o ranking de emissões no setor elétrico (Foto: Eduardo Tavares/Ministério do Planejamento)

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Nos últimos dias, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, esteve em Brasília com uma agenda focada em dois objetivos principais: pressionar a derrubada dos vetos do presidente Lula sobre a renegociação da dívida dos estados e buscar soluções para a reabertura da termelétrica Candiota III, paralisada desde 1º de janeiro. A usina, pertencente à Âmbar Energia, é movida a carvão mineral e sua interrupção gera preocupações na cidade de Candiota, que depende economicamente da exploração desse recurso.

Estudos ambientais indicam que a Candiota III foi a maior emissora de gases de efeito estufa do Brasil em 2023, responsável por 12,5% das emissões do setor. O Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema) aponta que a usina e a Pampa Sul, também localizada na região, têm apenas 27% de eficiência. O pesquisador Felipe Barcellos destaca que a baixa eficiência se deve à natureza do carvão e ao seu baixo poder calorífico, resultando em altas emissões de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso.

Embora o Brasil tenha uma matriz elétrica predominantemente renovável, com 83,64% da energia gerada em 2023 proveniente de fontes limpas, a falta de uma solução para as cidades dependentes do carvão é um desafio. O governador Leite busca uma “transição justa” e propôs ao ministro Alexandre Silveira a edição de uma Medida Provisória para reabrir a usina. O fechamento da Candiota III pode gerar desemprego em massa, segundo o prefeito Luiz Carlos Folador, que afirma que a usina representa 40% da receita municipal.

A engenheira Ana Rosa Costa Muniz defende que tecnologias atuais podem reduzir as emissões de CO2 das usinas, enquanto o geólogo Rualdo Menegat critica a continuidade das atividades da Candiota III, considerando-a uma prática ultrapassada e prejudicial ao meio ambiente. Ele ressalta que a urgência da crise climática não permite a manutenção de atividades tão poluidoras, alertando que a inação pode levar o planeta a um aumento de temperatura de até 4°C.

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