Política

ONU critica propostas do Marco Temporal em debate no STF como 'grande retrocesso'

Três relatorias da ONU criticam propostas do Marco Temporal como retrocesso. Câmara de Conciliação, criada por Gilmar Mendes, busca soluções para impasse. Propostas incluem mineração em terras indígenas e indenização a não indígenas. ONU alerta sobre riscos a direitos humanos e meio ambiente se propostas forem aprovadas. Gilmar Mendes suspendeu os trabalhos da Câmara por um mês para análise das propostas.

Indígenas protestam contra a lei do Marco Temporal, em Brasília: tentativa do STF de solucionar imbróglio está sob críticas da ONU. (Foto: Brenno Carvalho/Ag. O Globo)

Indígenas protestam contra a lei do Marco Temporal, em Brasília: tentativa do STF de solucionar imbróglio está sob críticas da ONU. (Foto: Brenno Carvalho/Ag. O Globo)

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Três relatorias especiais da ONU, responsáveis por temas como Mudanças Climáticas e Direitos Humanos, emitiram uma declaração conjunta criticando as propostas sobre o Marco Temporal em discussão no STF, considerando-as um “grande retrocesso”. As tentativas de resolução do impasse indígena estão sendo mediadas por uma Câmara de Conciliação, criada pelo ministro Gilmar Mendes, que busca alternativas para a proposta que estabelece 1988 como limite para demarcações de terras indígenas.

Gilmar Mendes, relator do tema no Supremo, instaurou a Câmara para encontrar um meio-termo entre os partidos que defendem a validade da lei, como PL, PP e Republicanos, e as lideranças indígenas que se opõem a ela. Contudo, representantes indígenas e a ONU expressam insatisfação com as soluções em discussão, que incluem a autorização de mineração em terras indígenas e a indenização a ocupantes ilegais não-indígenas.

A ONU também critica a possibilidade de que ocupações indígenas sejam consideradas irregulares após a implementação do Marco Temporal, o que poderia resultar em despejos imediatos. A declaração ressalta que as propostas “contradizem diretamente a Constituição do Brasil” e podem agravar crises relacionadas a mudanças climáticas e direitos humanos.

Na semana passada, Gilmar Mendes suspendeu os trabalhos da Câmara de Conciliação por um mês, enquanto a Advocacia Geral da União (AGU) analisa as propostas debatidas. As atividades devem ser retomadas em 26 de março.

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