Guilherme Derrite deve trocar PL pelo PP para concorrer ao Senado ou governo de SP

A troca de partido do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, do PL para o Progressistas, é considerada certa por aliados do governador Tarcísio de Freitas e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar disso, Derrite nega a mudança, argumentando que não há vantagem em anunciar sua filiação com antecedência. Ele iniciou sua carreira política no PP, inspirado pelo deputado federal Coronel Telhada, e, após uma passagem pelo PL, sua saída é atribuída ao apoio do PP ao ex-governador Rodrigo Garcia contra Tarcísio.

A saída de Derrite do PL poderia resultar em sua cassação por infidelidade partidária, a menos que ocorra durante a janela partidária, que permite trocas sem justificativa. A filiação ao PP é vista como uma estratégia para formar uma chapa de centro-direita em 2026, possivelmente liderada por Tarcísio ou outro candidato apoiado por Bolsonaro. O PP, segundo articuladores, poderia garantir uma das quatro vagas disponíveis para o governo, vice e duas candidaturas ao Senado.

No PL, a situação é complexa, com o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, também cogitado para uma candidatura ao Senado contra Lula. O deputado Ricardo Salles (Novo) está afastado de Bolsonaro após apoiar outro candidato à prefeitura de São Paulo. Recentemente, a Folha de S. Paulo noticiou que Derrite já teria assinado sua ficha de filiação ao PP, mas essa informação foi contestada por fontes do PL, incluindo o deputado Maurício Neves, que afirmou que o documento ainda não existe.

Derrite, por sua vez, declarou que a informação sobre sua filiação é equivocada e que permanece no PL. A gestão de Derrite à frente da segurança pública é criticada, apesar da redução nos índices de criminalidade, devido ao aumento da letalidade policial e a investigações sobre abusos da PM. Um caso em destaque é o assassinato de Vinicius Gritzbach, delator do PCC, que havia denunciado envolvimentos de policiais com o crime organizado.