Política

Prefeito de Cariacica ameaça cortar verba de escola de samba após homenagem ao MST

O prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), criticou a homenagem ao MST. A escola de samba Independente da Boa Vista se tornou campeã após o desfile. Sampaio ameaçou cortar verba da escola, alegando apoio a movimentos criminosos. A agremiação defendeu que a homenagem foi sobre Sebastião Salgado, sem política. O fotógrafo elogiou a ala do MST, destacando sua importância social na América Latina.

Ala em homenagem ao MST na Independente da Boa Vista (Foto: João Paulo Rodrigues/Twitter)

Ala em homenagem ao MST na Independente da Boa Vista (Foto: João Paulo Rodrigues/Twitter)

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O prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), anunciou a possibilidade de cortar a verba da escola de samba Independente da Boa Vista após a agremiação homenagear o Movimento dos Sem Terra (MST) em seu desfile, que teve como enredo a vida do fotógrafo Sebastião Salgado. O desfile ocorreu no último domingo, 23 de fevereiro, durante as apresentações que antecedem o carnaval oficial no Brasil. Na quarta-feira, 26, a escola foi declarada campeã, mas Sampaio afirmou que não fará mais repasses à escola, alegando que não compactua com homenagens a movimentos que considera criminosos.

Em nota, o prefeito expressou sua oposição a qualquer movimento radical de ocupação de terras e prometeu responsabilizar a escola. A prefeitura reafirmou sua postura conservadora em um posicionamento divulgado nas redes sociais. Por outro lado, a Independente da Boa Vista defendeu que o desfile não teve conotação política e que a homenagem visou destacar a obra de Salgado, que documentou o MST por três anos. O fotógrafo, em vídeo, elogiou a ala em homenagem ao movimento, afirmando que o MST é uma das maiores organizações sociais da América Latina.

Além disso, o vereador de São Paulo, Sansão Pereira (Republicanos), protocolou uma proposta para proibir o financiamento público de escolas de samba e eventos que promovam desrespeito a crenças religiosas. Pereira, que é ligado à Igreja Universal, afirmou que a proposta não é contra o carnaval, mas sim contra o uso de recursos públicos para atacar a fé cristã. Projetos semelhantes foram apresentados em outras cidades, como Campo Grande e Cuiabá, onde vereadores argumentam que os recursos deveriam ser direcionados a áreas prioritárias.

Enquanto isso, a esquerda em várias cidades, incluindo Olinda, Rio de Janeiro e São Paulo, defende a implementação de transporte gratuito durante o carnaval, além de medidas de proteção para trabalhadores do evento. As propostas estão sendo discutidas por vereadoras do PT e do PSOL e visam garantir acessibilidade e segurança durante as festividades.

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