28 de fev 2025
São Paulo troca concessionárias de ônibus investigadas por ligação com o PCC em março
A Prefeitura de São Paulo substituirá Transwolff e UpBus por Sancetur e Alfa RodoBus. A mudança, iniciada em 15 de março, é respaldada por decisão do STF. Transwolff e UpBus são investigadas por lavagem de dinheiro para o PCC. A Transwolff nega vínculos com o crime organizado, enquanto a UpBus não se manifestou. A troca pode impactar 660 mil passageiros que utilizam as linhas das empresas.
Ônibus operados pela Transwolff na cidade de São Paulo (Foto: Divulgação)
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As concessionárias de ônibus Transwolff e UpBus serão substituídas no sistema de transporte público de São Paulo, após a prefeitura atender a uma deliberação judicial. As empresas estão sendo investigadas pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por suposta lavagem de dinheiro para o PCC (Primeiro Comando da Capital). A transição ocorrerá a partir de 15 de março, com a Sancetur assumindo as 132 linhas da Transwolff na zona sul e a Alfa RodoBus substituindo a UpBus em 12 linhas na zona leste. Essa mudança pode impactar cerca de 660 mil passageiros.
A Sancetur, que atua no setor há mais de 70 anos, e a Alfa RodoBus, com dez anos de experiência na cidade, foram escolhidas após a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transportes (SMT) verificar sua capacidade técnica e econômico-financeira. A decisão de substituir as concessionárias foi respaldada por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite a transferência de concessões públicas sem nova licitação, desde que haja anuência do poder público.
As investigações do MP-SP revelaram que a UpBus era utilizada para lavagem de dinheiro por sócios ocultos ligados ao PCC, incluindo indivíduos como Silvio Luis Ferreira, conhecido como “Cebola”, que injetou mais de R$ 20 milhões na empresa entre 2014 e 2021. A Transwolff também enfrenta sérias acusações, com seu fundador, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, respondendo a processos relacionados ao crime organizado. O contrato da Transwolff com a prefeitura, assinado em 2019, é válido por 15 anos.
O prefeito Ricardo Nunes havia elogiado a UpBus antes de defender a rescisão dos contratos, destacando a importância de um serviço de qualidade. Desde a intervenção da prefeitura, as queixas sobre a Transwolff diminuíram, enquanto as reclamações contra a UpBus aumentaram, evidenciando a necessidade de mudanças no sistema de transporte da capital paulista.
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