27 de mar 2025
Lula critica tarifas de Trump e alerta para riscos nas relações comerciais entre Brasil e EUA
Lula anuncia que Brasil irá à OMC contra tarifas dos EUA, alertando para prejuízos de US$ 7,4 bilhões e riscos à relação comercial.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista coletiva em Tóquio (Foto: Kazuhiro NOGI / AFP)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, em Tóquio, que o Brasil não pode permanecer "parado" diante das tarifas impostas por Donald Trump, que aumentou a taxa sobre automóveis importados para 25%. Lula enfatizou que o Brasil tomará medidas que julgar necessárias e que a imposição de tarifas terá um impacto negativo nos Estados Unidos, elevando preços e causando inflação.
O governo brasileiro enviou um documento ao Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), alertando que as tarifas recíprocas propostas por Trump podem "prejudicar gravemente" as relações comerciais entre os dois países. O USTR está revisando as trocas comerciais que considera "injustas", e o Brasil estima que as tarifas poderiam resultar em um prejuízo de US$ 7,4 bilhões.
Atualmente, a tarifa média de importação do Brasil para os EUA é de 11,3%, enquanto a tarifa americana sobre produtos brasileiros é de apenas 2,2%. O ministro Geraldo Alckmin destacou que a tarifa efetiva aplicada pelo Brasil é de 2,7%, abaixo do índice nominal. A dependência do Brasil em relação ao mercado americano é significativa, com cerca de metade das exportações de aço destinadas aos EUA.
O governo brasileiro argumentou que as tarifas recíprocas violam compromissos da Organização Mundial do Comércio (OMC) e que a solução para descontentamentos comerciais deve ser a renegociação, não a guerra comercial. O documento também ressaltou que as tarifas americanas sobre o etanol e açúcar são desproporcionais, com o Brasil não aplicando tarifas equivalentes.
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