Política

Ontário cancela contrato com Starlink de Elon Musk em resposta a tarifas dos EUA

O primeiro ministro de Ontário, Doug Ford, cancelou contrato com a Starlink. A decisão foi motivada por tarifas impostas por Donald Trump, gerando polêmica. Starlink é vital para áreas remotas do Canadá, com cerca de 533 mil usuários. Políticos canadenses reconsideram acordos com a SpaceX, buscando alternativas. A falta de opções de internet confiável pode agravar a situação em comunidades isoladas.

Andrew Arreak em Pond Inlet, Nunavut, diz que parece que toda casa tem uma Starlink quando você caminha pela comunidade, que é predominantemente inuíte localizada a quase oito horas de avião de Ottawa. (Foto: Bloomberg)

Andrew Arreak em Pond Inlet, Nunavut, diz que parece que toda casa tem uma Starlink quando você caminha pela comunidade, que é predominantemente inuíte localizada a quase oito horas de avião de Ottawa. (Foto: Bloomberg)

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O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, anunciou na terça-feira o cancelamento do contrato da província com a Starlink, serviço de internet via satélite da SpaceX, em resposta às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ford afirmou: “Acabou, está cancelado”, destacando a insatisfação com as políticas comerciais de Trump. A Starlink, que opera mais de 7.000 satélites e atende cerca de cinco milhões de assinantes, é especialmente popular no Canadá, onde oferece conectividade em áreas remotas.

A decisão de Ford gera um dilema para os consumidores canadenses que dependem da Starlink, como a escritora Louise Dumayne, que relatou um aumento de 40% na renda de seu marido devido ao serviço. Apesar da indignação contra Trump e Musk, muitos canadenses, especialmente em regiões como Nunavut, não têm alternativas viáveis. A falta de infraestrutura de internet tradicional torna a Starlink essencial, com dados indicando que cerca de 533 mil usuários no Canadá utilizavam o serviço em janeiro.

Outros políticos canadenses, como o primeiro-ministro da Colúmbia Britânica, David Eby, e o primeiro-ministro dos Territórios do Noroeste, R.J. Simpson, também estão reconsiderando acordos com a Starlink. O empresário Gord Fry, que instala equipamentos da Starlink, relatou reações negativas e ataques devido à associação com Musk. Ele destacou que a opinião pública está dificultando a expansão da Starlink no Canadá, onde a empresa mantém uma posição quase monopolista.

Enquanto o governo canadense planeja investimentos para melhorar a conectividade em Nunavut, a Starlink continua sendo a única opção viável para muitos. A Telesat, que está desenvolvendo uma rede de satélites LEO, não deve entrar em operação antes de 2027, deixando os usuários sem alternativas imediatas. A situação levanta preocupações sobre a dependência do Canadá em relação a empresas americanas e o impacto das tensões comerciais nas opções de internet para os canadenses.

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