07 de mar 2025
Governo dos EUA suspende voos militares para deportação de migrantes devido a custos elevados
Os EUA suspenderam voos militares para deportação de migrantes por custos altos. O último voo ocorreu em 1º de março; não há novos voos programados. A política foi parte da repressão à imigração sob Trump, com forte mensagem. Voos militares custavam até US$ 3 milhões, muito mais que civis do ICE. Países como Colômbia e Venezuela rejeitaram voos militares, optando por comerciais.
Imigrantes deportados embarcam em um C-17 da Força Aérea dos EUA no Texas rumo à Guatemala (Foto: Paul Ratje/The New York Times)
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Os Estados Unidos suspenderam o uso de aeronaves militares para deportação de migrantes, citando altos custos e ineficiências, conforme informações de autoridades de defesa. O último voo desse tipo ocorreu em 1º de março, e não há novos voos programados. Essa prática foi introduzida durante a administração do ex-presidente Donald Trump como parte de uma política de imigração rigorosa.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, destacou que a intenção era enviar uma mensagem clara sobre a repressão às entradas irregulares. Desde janeiro, os EUA realizaram cerca de 42 voos de deportação utilizando aeronaves militares, incluindo C-17 e C-130, para países como Índia, Guatemala, Equador, Peru, Honduras e Panamá. No entanto, os custos desses voos foram elevados, com três voos para a Índia custando US$ 3 milhões cada e alguns para a Baía de Guantánamo chegando a US$ 20 mil por migrante.
Em comparação, os voos do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) em aeronaves civis variam entre US$ 8.500 e US$ 17 mil por hora, enquanto um C-17 custa US$ 28.500 por hora. Além disso, as restrições ao uso de aeronaves militares no espaço aéreo do México aumentaram os custos e o tempo de viagem. Países latino-americanos, como a Colômbia, também se recusaram a aceitar deportações via voos militares, levando a alternativas como o uso de voos comerciais.
Recentemente, a Venezuela também adotou essa abordagem, enviando voos comerciais para repatriar 190 cidadãos deportados. Essa mudança marca um fim a anos de recusa em aceitar deportados que entraram irregularmente nos EUA, refletindo as dificuldades enfrentadas pelo governo americano em suas políticas de imigração.
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