Política

Deputados do PL destinam R$ 860 mil para documentário de ex-assessor de Mário Frias

Deputados do PL SP alocaram R$ 860.896 para o documentário "Genocidas". Produção é ligada à associação Passos da Liberdade, presidida por ex membro do governo. Documentário explora genocídios históricos e contemporâneos, com orçamento internacional. Críticos questionam transparência no uso de verbas públicas para aliados políticos. Mário Frias e Eduardo Bolsonaro atacaram filme vencedor do Oscar, chamando o de "comunista".

Eduardo Bolsonaro e Mario Frias (PL-SP) (Foto: Reprodução/Instagram)

Eduardo Bolsonaro e Mario Frias (PL-SP) (Foto: Reprodução/Instagram)

Ouvir a notícia

Deputados do PL destinam R$ 860 mil para documentário de ex-assessor de Mário Frias - Deputados do PL destinam R$ 860 mil para documentário de ex-assessor de Mário Frias

0:000:00

Os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Mário Frias (PL-SP) e Marcos Pollon (PL-MS) destinaram um total de R$ 860.896 em recursos públicos para a produção do documentário intitulado "Genocidas". Os valores foram repassados por meio de emendas parlamentares, sendo R$ 500 mil de Eduardo, R$ 180 mil de Mário e R$ 100 mil de Marcos. Os pagamentos ocorreram nos dias 7 e 11 de fevereiro, conforme informações do Portal da Transparência, e os recursos são oriundos do Ministério da Cultura.

A produção está a cargo da associação Passos da Liberdade, que foi registrada em 2008, mas seu canal no YouTube foi criado apenas no ano passado, com apenas um vídeo publicado. O site da associação menciona parcerias com órgãos internacionais e iniciativas culturais, mas não detalha quais. A Passos da Liberdade é presidida por Rodrigo Cassol Lima, ex-número dois da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Cultural durante o governo Bolsonaro.

O orçamento do filme inclui despesas com passagens e hospedagens em diversos países, como Armênia, Hungria, Itália, Rússia, Alemanha e Polônia. A sinopse do documentário sugere uma comparação entre os genocídios históricos na Europa e eventos contemporâneos na América Latina. Rodrigo confirmou que as emendas serão utilizadas para a produção, mas não forneceu mais detalhes, e a assessoria dos deputados não respondeu aos contatos feitos.

Críticos da Lei Rouanet acusam os parlamentares de destinar dinheiro público para projetos de aliados, enquanto atacam políticas de incentivo à cultura. Mário Frias, que já defendeu o uso de recursos da Lei Rouanet para movimentos armamentistas, não se manifestou sobre o repasse. Eduardo e Frias criticaram o filme "Ainda Estou Aqui", vencedor do Oscar, chamando-o de "propaganda comunista". Além de Rodrigo Cassol, o diretor do documentário, Gustavo Chaves Lopes, também possui vínculos com o governo Bolsonaro, tendo ocupado cargos na comunicação de ministérios.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela