13 de mar 2025
RTVE responde ao governo de Madrid e defende sua independência editorial
RTVE rejeitou pedido da Comunidade de Madrid por intromissão editorial. Documentário "7291" revela mortes de idosos em residências na pandemia. Comunidade nega convite para Ayuso participar de programa especial. Acusações de viés ideológico marcam disputa entre governo e RTVE. Documentário destaca falhas nos protocolos de saúde durante a crise.
A sede da RTVE em Prado del Rey (Madri). (Foto: RTVE)
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RTVE enviou uma carta ao conselheiro de presidência da Comunidade de Madrid, Miguel Ángel García Martín, após um pedido para que a emissora exibisse um vídeo da presidenta regional, Isabel Díaz Ayuso, junto ao lançamento do documentário "7291". Este documentário, que estreia hoje, aborda a gestão das residências durante a pandemia, destacando os 7.291 idosos que faleceram sem acesso a hospitais devido a protocolos de triagem.
Na resposta, RTVE afirmou que a exigência de emitir conteúdos específicos representa uma intromissão na autonomia da corporação. O secretário geral da RTVE, Alfonso María Morales Fernández, ressaltou que a emissora é um meio público, mas não governamental, e deve manter sua independência editorial. A carta também lembrou que a solicitação poderia ser vista como uma tentativa de evitar perguntas diretas dos jornalistas.
O documentário será exibido às 23h10 e precedido por um programa especial apresentado por Xabier Fortes, que contará com a participação de políticos que atuaram durante a pandemia, incluindo a exvicepresidenta Carmen Calvo e a atual ministra de Saúde, Mónica García. O secretário geral do PP de Madrid, Alfonso Serrano, defendeu os protocolos adotados e negou os dados de mortes nas residências, acusando RTVE de estar "ao serviço da esquerda".
RTVE reiterou a convite para que Ayuso participasse do programa especial, oferecendo suporte técnico caso ela não pudesse comparecer. A Comunidade de Madrid negou que a presidenta tivesse sido convidada formalmente. O documentário, que se baseia em uma investigação sobre as mortes nas residências, destaca que 11.389 idosos morreram entre março e junho de 2020, com 8.338 deles não sendo transferidos para hospitais.
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