Política

Governo Milei denuncia sedição após protesto de aposentados deixar feridos e detidos

Protestos de aposentados na Argentina ganham apoio inédito de torcedores de futebol. Governo de Javier Milei enfrenta críticas por repressão violenta a manifestações. Ministério da Segurança denuncia organizadores por sedição e associação ilícita. Juíza que libertou detidos é alvo de pedido de afastamento do governo. Aposentados, com perdas significativas, prometem continuar protestando.

Manifestante se protege do gás lacrimogêneo durante protesto contra o governo Milei em Buenos Aires, em 12 de março de 2025. (Foto: Luis Robayo / AFP)

Manifestante se protege do gás lacrimogêneo durante protesto contra o governo Milei em Buenos Aires, em 12 de março de 2025. (Foto: Luis Robayo / AFP)

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Nos últimos dias, a Argentina viu uma crescente união entre torcedores de futebol e aposentados em protestos por melhores condições de aposentadoria. As manifestações, que ocorrem há mais de 35 anos, ganharam notoriedade após a repressão violenta da última quarta-feira, resultando em 45 feridos e mais de 100 detidos. O governo do presidente Javier Milei alega que torcedores de barras bravas participaram dos protestos com a intenção de provocar um "golpe de Estado", enquanto os aposentados defendem que suas manifestações foram pacíficas e que a adesão dos torcedores foi um apoio legítimo à sua causa.

A origem dessa aliança inusitada remonta a uma entrevista de um aposentado de 75 anos, Carlos, que expressou seu apoio aos aposentados e viralizou entre torcedores do clube Chacarita. Carlos, que se tornou conhecido como "o avô do Chacarita", destacou a importância de lutar pelos direitos dos aposentados, afirmando que muitos estão vivendo em condições precárias. A mobilização de torcedores se expandiu rapidamente, com muitos se unindo ao movimento para apoiar os aposentados, lembrando a famosa frase de Diego Maradona sobre a defesa dos direitos dos mais vulneráveis.

Em resposta aos confrontos, o Ministério da Segurança, liderado por Patricia Bullrich, apresentou uma denúncia formal contra os organizadores do protesto, acusando-os de sedição e associação ilícita. A denúncia menciona prefeitos de cidades peronistas e um militante como possíveis responsáveis pela violência, alegando que a mobilização foi uma tentativa deliberada de desestabilizar o governo. Bullrich, em um discurso, defendeu a repressão e afirmou que a violência não será tolerada, enquanto críticos apontam que a resposta do governo tem sido desproporcional e que os direitos constitucionais dos manifestantes estão sendo violados.

A juíza Karina Andrade, que ordenou a liberação dos detidos, foi alvo de críticas do governo, que a acusa de não avaliar adequadamente as provas. Andrade justificou sua decisão com base na proteção dos direitos constitucionais, destacando que a repressão violenta não é a solução para os protestos. A situação se agrava com a insatisfação crescente entre os aposentados, que enfrentam cortes significativos em suas aposentadorias, levando a uma crise social que se intensifica com novas mobilizações previstas para as próximas semanas.

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