19 de mar 2025
Aliados de Lula criticam aumento da Selic para 14,25% e pedem revisão da política monetária
Copom eleva Selic a 14,25% e sinaliza novos aumentos, enquanto Lula projeta crescimento econômico acima de 3% para 2025.
Na quarta-feira (29/1), o Copom elevou a Selic de 12,25% para 13,25% ao ano, na primeira alta sob o comando de Gabriel Galípolo. (Foto: Lula Marques / Agência Brasil via BBC)
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu, em sua reunião de quarta-feira (19), elevar a taxa Selic de 13,25% para 14,25% ao ano, o maior nível desde 2016. Essa decisão foi unânime e já era esperada pelo mercado, que antecipava um aumento de um ponto percentual. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que assumiu o cargo em janeiro, indicou que a próxima reunião, agendada para maio, pode resultar em um ajuste menor, dependendo da evolução da inflação e da atividade econômica.
A alta da Selic reflete a necessidade de controlar a inflação, que permanece acima da meta estabelecida. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que essa elevação estava prevista desde o final do ano passado, quando o Copom sinalizou um ciclo de aumento nas taxas. A decisão gerou reações diversas entre parlamentares, com alguns aliados do governo criticando a política monetária atual e pedindo uma revisão urgente, enquanto outros, como o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, pediram paciência com a condução do Banco Central.
O aumento da taxa de juros impacta diretamente o custo do crédito, tornando empréstimos e financiamentos mais caros. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, destacou que a decisão do Copom pode ter efeitos negativos sobre a economia, enquanto a deputada Carla Zambelli ironizou a responsabilidade pela alta dos juros, lembrando que o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já não está mais no cargo. A expectativa é que a Selic continue a subir, com projeções que variam entre 0,25 e 0,75 ponto percentual para a próxima reunião.
Os mercados financeiros reagiram à decisão, com o Ibovespa apresentando leve queda após uma sequência de altas. O dólar também se valorizou, refletindo a volatilidade do mercado global. A decisão do Copom ocorre em um contexto de incertezas econômicas, tanto internas quanto externas, especialmente em relação às políticas tarifárias do governo dos Estados Unidos sob Donald Trump, que podem afetar a inflação e o crescimento econômico no Brasil.
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