19 de mar 2025
Milhares de israelenses se mobilizam contra Netanyahu em protesto por demissão de chefe de segurança
Protestos em Jerusalém exigem a renúncia de Netanyahu e criticam demissão de Bar. Parentes de reféns realizam comício pedindo a libertação dos sequestrados. Acusações de que Netanyahu sacrifica reféns e silencia críticas durante a guerra. Demissão de Bar ocorre após investigação sobre financiamento de assessores por Catar. Tensão política reflete disputa sobre poder entre governo e instituições independentes.
Manifestantes protestam em Jerusalém contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e pedem o fim da guerra em Gaza, em 19 de março de 2025 (Foto: Menahem Kahana / AFP)
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Milhares de pessoas se reuniram em Jerusalém nesta quarta-feira para protestar contra as políticas do governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, especialmente após sua decisão de demitir Ronen Bar, chefe da agência de segurança interna Shin Bet. O ato também contou com a presença de familiares de reféns sequestrados pelo Hamas na Faixa de Gaza, que pediam a libertação dos cerca de 58 sequestrados. Os manifestantes, que passaram pelo Gabinete de Netanyahu, se dirigiram à residência do premier, onde planejam acampar.
Durante a manifestação, muitos gritaram que Netanyahu tinha “sangue nas mãos” e exibiram cartazes com mensagens como “todos somos reféns” e pedidos para que os Estados Unidos “salvem Israel de Netanyahu”. O protesto, considerado o maior em meses, foi organizado por grupos opositores que veem a demissão de Bar como uma manobra política, especialmente após a abertura de uma investigação sobre alegações de financiamento de assessores de Netanyahu pelo Catar.
A tensão entre Netanyahu e Bar já era alta antes do ataque do Hamas em 7 de outubro, e a situação se agravou após um relatório interno que criticou falhas na transmissão de informações de inteligência. O primeiro-ministro justificou a destituição de Bar alegando falta de confiança, enquanto os opositores argumentam que suas ações visam silenciar críticas e concentrar poder. A demissão ocorre em um contexto de tentativas de Netanyahu de reformar o sistema judicial e aumentar o controle do Executivo.
Analistas afirmam que a remoção de Bar é parte de uma tendência mais ampla de enfraquecimento de agências independentes e um aumento do poder executivo. A coalizão de Netanyahu, composta por partidos ultrarreligiosos e ativistas de colonos, busca limitar a independência do Judiciário e da procuradoria-geral, o que, segundo críticos, pode transformar Israel em uma sociedade menos pluralista e mais autoritária.
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