25 de mar 2025
Alckmin propõe excluir alimentos e energia do cálculo da inflação em nova estratégia econômica
Geraldo Alckmin propõe que o Banco Central exclua alimentos e energia do cálculo da inflação, buscando maior eficácia na política monetária.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, propôs que o Banco Central do Brasil exclua os preços de alimentos e energia do cálculo da inflação utilizado nas decisões de política monetária. Durante o evento Rumos 2025, ele comparou essa abordagem à adotada pelo Federal Reserve dos Estados Unidos, argumentando que a alta dos juros não é eficaz para controlar preços influenciados por fatores climáticos e geopolíticos, como o petróleo. Alckmin destacou que a inflação de alimentos no Brasil subiu 55% nos últimos anos, enquanto a média do IPCA foi de 33%.
Alckmin criticou a atual política monetária contracionista, afirmando que a taxa de juros de 14,25% ao ano prejudica a economia. Ele ressaltou que cada aumento de um ponto percentual na Selic gera um impacto de R$ 48 bilhões na dívida pública. O vice-presidente também mencionou que a inflação afeta desproporcionalmente os mais pobres, que enfrentam perda de poder de compra devido a reajustes salariais anuais.
Além de discutir a inflação, Alckmin abordou medidas para mitigar a alta dos preços, como a isenção do ICMS sobre a cesta básica e o fortalecimento da Conab para controlar a oferta de alimentos. Ele também se manifestou sobre as relações comerciais com os Estados Unidos, lamentando a postura protecionista do governo de Donald Trump e enfatizando a importância do multilateralismo nas negociações comerciais.
Por fim, Alckmin comentou sobre as eleições de 2026, afirmando que a economia será o tema central, e destacou os avanços do governo, como a reforma tributária e o crescimento do PIB. Ele evitou especulações sobre sua candidatura futura, enfatizando sua satisfação com o trabalho atual e a importância de focar na administração presente.
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