25 de mar 2025
Trump cancela 68 projetos de pesquisa sobre saúde LGBTQ, afetando milhões em financiamento
Cortes de quase $40 milhões em subsídios afetam pesquisas sobre saúde de minorias sexuais nos EUA, comprometendo avanços científicos essenciais.
Mark Lennihan/AP
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A recente decisão do governo dos Estados Unidos de cancelar 68 subsídios destinados a pesquisas sobre a saúde de pessoas LGBTQ+ gerou preocupação entre acadêmicos e defensores dos direitos humanos. As cortes, que totalizam quase 40 milhões de dólares, afetaram 46 instituições, com um impacto significativo em estudos sobre prevenção do HIV, câncer e saúde mental. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) justificou as interrupções alegando que as pesquisas eram "não científicas" e não contribuíam para a saúde da população em geral.
Um dos projetos cancelados, conduzido pela Universidade Vanderbilt, acompanhava a saúde de mais de 1.200 pessoas LGBTQ+ com mais de 50 anos. Apesar de já ter gerado dois dúzias de publicações e contribuído para a formação de médicos, o projeto não será renovado, comprometendo resultados a longo prazo. A líder do laboratório de políticas LGBTQ+ da universidade, Tara McKay, expressou sua frustração com a acusação de que seu trabalho não beneficiava os americanos, ressaltando que "queer e trans folks são americanos também".
Pesquisadores como Simon Rosser, da Universidade de Minnesota, também foram impactados pelas cancelamentos. Ele destacou que a interrupção de estudos sobre câncer em homens gays e bissexuais representa uma perda significativa para a ciência, afirmando que "cancelar todos os subsídios sobre minorias sexuais realmente desacelera a descoberta científica para todos". Rosser alertou que a decisão pode resultar na perda de uma geração inteira de pesquisa.
As cartas de rescisão enviadas aos pesquisadores foram vistas como um ataque pessoal, com muitos expressando preocupação sobre o futuro da pesquisa em saúde para minorias. A situação levanta questões sobre a direção da ciência e da política de saúde nos Estados Unidos, especialmente em um momento em que a pesquisa inclusiva é mais necessária do que nunca.
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