10 de fev 2025
Apagão científico nos EUA compromete pesquisas e direitos civis sob governo Trump
O governo dos EUA removeu mais de oito mil websites, afetando pesquisas. Novas ordens exigem a exclusão de conteúdos sobre gênero e LGBTQ. Dados demográficos essenciais para pesquisas foram eliminados, prejudicando estudos. Documentos de identidade não reconhecerão mais a identidade de gênero. A censura científica reflete um aumento de intolerância e preconceito racial e sexual.
Donald Trump (Foto: Eric Lee/The New York Times)
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Mais de oito mil websites de agências do governo dos Estados Unidos foram retirados do ar após ordens executivas do presidente Donald Trump. O congelamento de financiamentos para pesquisas, incluindo salários e viagens, e a suspensão de comissões de avaliação para novas pesquisas foram algumas das medidas adotadas. Embora algumas páginas tenham retornado após ordens judiciais, o conteúdo está incompleto ou alterado, afetando a integridade das informações.
Em um memorando datado de 29 de janeiro, agências como os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) receberam instruções para excluir bancos de dados e sites que "promovam ideologia de gênero". Termos como “gênero”, “LGBTQ” e uma lista extensa de palavras consideradas "proibidas" foram alvo de censura, comprometendo a pesquisa científica e a competitividade dos centros de pesquisa americanos.
A remoção de bancos de dados demográficos, que incluíam estatísticas sobre orientação e identidade sexual, impede que pesquisadores estudem questões críticas, como a incidência de infecções sexualmente transmissíveis e saúde mental. Dados essenciais sobre HIV, tuberculose e hepatite B foram eliminados, assim como informações sobre comportamentos de risco entre jovens, dificultando a análise de problemas sociais.
Além do apagão científico, as ordens executivas impactam direitos civis e humanos. Documentos de identidade não poderão mais refletir o gênero declarado pelo cidadão, exigindo que conste apenas o “sexo biológico designado no nascimento”. Isso torna inválidos os documentos de pessoas que transicionaram de gênero e viola a privacidade dessas pessoas, evidenciando uma crescente intolerância e censura sob a nova administração.
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