Coreia do Sul busca diálogo com EUA para enfrentar tarifas de Donald Trump

O presidente interino da Coreia do Sul, Han Duck-soo, manifestou a intenção de negociar com os Estados Unidos sobre tarifas, após a destituição de seu antecessor em meio a uma crise política. Em entrevista à CNN, ele destacou a aliança forte entre os dois países e afirmou que não seguirá o exemplo da China em retaliações. Han enfatizou que a Coreia do Sul enfrenta tarifas de 25%, o que pode impactar sua economia exportadora, que inclui marcas como Samsung, LG e Hyundai.

Han Duck-soo criticou as tarifas impostas pelos EUA, considerando-as uma "pena" e ressaltou que as empresas sul-coreanas devem se preparar para os efeitos econômicos. Ele minimizou a importância de uma recente reunião entre ministros de Comércio da região, afirmando que "não será realmente lucrativo" para os países envolvidos. As tarifas anteriores sobre aço e alumínio, além das que afetam a indústria automobilística, intensificam a preocupação com o impacto econômico.

O presidente interino expressou otimismo ao acreditar que uma resolução pode ser alcançada antes que as linhas de produção na Coreia do Sul sejam afetadas. Ele afirmou que é necessário avaliar calmamente o significado das tarifas e buscar um diálogo construtivo com os EUA. Para isso, já enviou seu ministro de Comércio a Washington para iniciar as negociações.

A situação atual reflete a complexidade das relações comerciais entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, especialmente em um contexto de crescente tensão global. Han Duck-soo, assim como outros líderes asiáticos, busca uma saída pacífica para a crise, evitando retaliações que possam agravar a situação econômica do país.