Política

Governo do Pará enfrenta críticas por instalação de 'jardins suspensos' na COP30

Governo do Pará enfrenta críticas por "jardins suspensos" em vez de árvores reais; especialistas pedem reflorestamento urbano efetivo.

Estrutura usa plantas reais em vergalhões e metal recicláveis (Foto: Leonardo Macêdo/Ascom SEOP)

Estrutura usa plantas reais em vergalhões e metal recicláveis (Foto: Leonardo Macêdo/Ascom SEOP)

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O governo do Pará anunciou a instalação de estruturas metálicas em Belém, inicialmente chamadas de "árvores artificiais", como parte das obras para a COP30, programada para novembro. A proposta gerou críticas de grupos locais, como o movimento COP do Povo, que representa comunidades indígenas e tradicionais. Após a repercussão negativa, o governo alterou a nomenclatura para "jardins suspensos".

As estruturas, feitas com vergalhões reaproveitados, foram projetadas para fornecer sombra e ventilação em áreas onde o plantio de árvores convencionais não é viável. A arquiteta Naira Carvalho, da Secretaria de Obras Públicas do Pará (SEOP), afirmou que a ideia foi inspirada em soluções urbanas de Cingapura. O projeto inclui também o plantio de árvores reais, com mais de 180 árvores e 80 jardins suspensos no Parque Linear da Doca, e mais de 70 árvores e 100 jardins na Avenida Tamandaré.

Especialistas criticam a iniciativa, argumentando que as "árvores artificiais" refletem uma abordagem de marketing verde, em vez de um compromisso real com a sustentabilidade. A arquiteta Adriana Sandre, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design da Universidade de São Paulo, destacou que a proposta prioriza a estética em detrimento de soluções duradouras. O climatologista Carlos Nobre também apontou que um plano de reflorestamento urbano com árvores reais seria mais eficaz para a região.

A SEOP defendeu o projeto, afirmando que ele visa contornar a falta de solo nas áreas de intervenção. No entanto, especialistas ressaltam que a restauração florestal urbana poderia trazer benefícios significativos, como a redução da temperatura e da poluição, além de melhorar a saúde pública. A falta de planejamento e tempo para o crescimento das árvores reais foi criticada, evidenciando a necessidade de políticas públicas que priorizem soluções sustentáveis e duradouras.

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