Política

Governo de São Paulo amplia concessões na educação com leilão de 143 escolas estaduais

Governo de São Paulo amplia concessões na educação, somando 306 projetos de PPPs no Brasil. Resistências e debates marcam a transição.

Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, durante leilão de concessão administrativa de 33 escolas estaduais (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, durante leilão de concessão administrativa de 33 escolas estaduais (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

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O governo do Estado de São Paulo anunciou, em abril, a publicação de um novo edital que inclui mais 143 escolas estaduais no processo de concessão à iniciativa privada. Essa medida segue a realização de dois leilões no ano passado, que já haviam transferido a gestão de 33 escolas para empresas privadas, gerando controvérsias e resistência entre educadores e sindicatos. O total de 306 projetos de Parcerias Público-Privadas (PPPs) em saúde e educação no Brasil reflete um aumento na adoção desse modelo, com 156 iniciativas na saúde e 150 na educação.

O sócio da consultoria Radar PPP, Frederico Ribeiro, destaca que as PPPs têm potencial para acelerar o desenvolvimento em setores sociais, assim como já ocorreu em infraestrutura. Desde 2020, o número de contratos na educação aumentou de um para três por ano, e na saúde, de quatro para um total de dois contratos já assinados em 2025. Ribeiro afirma que o modelo de PPP proporciona maior transparência e controle nas contas públicas, permitindo um avanço significativo nos serviços.

As PPPs sociais diferem das concessões comuns, pois a receita provém do pagamento do poder público pela construção e manutenção de escolas e hospitais. O advogado Fernando Vernalha ressalta a importância de contratos bem estruturados, que garantam fiscalização e penalidades em caso de descumprimento. Ele enfatiza que a administração pública deve ter um controle mais claro sobre os gastos, já que os contratos são públicos e de longo prazo, geralmente superiores a 20 anos.

Apesar das vantagens, as concessões enfrentam resistência, especialmente nas áreas sociais. Críticos apontam que a privatização pode levar ao controle da educação. O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu, em fevereiro, um decreto que autorizava a privatização da gestão das 33 escolas, em resposta a uma ação do PSOL, que alegava violação da Constituição. Especialistas, no entanto, acreditam que as PPPs podem trazer melhorias significativas, permitindo que o Estado se concentre na fiscalização de um único contrato, em vez de múltiplos acordos menores.

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