11 de abr 2025
Governo Milei enfrenta greve geral e critica sindicatos como ‘animais selvagens’
Greve geral na Argentina provoca caos e críticas de Milei aos sindicatos; governo espera pacote de resgate do FMI para enfrentar crise.
Um painel digital é visto na estação de trem Retiro que lê "Ataque à república", no dia de uma greve geral de 24 horas na Argentina. (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)
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O governo de Javier Milei enfrenta sua terceira greve geral, que ocorreu no dia dez de agosto, com forte oposição dos sindicatos. Milei chamou os sindicalistas de “animais selvagens” e classificou a paralisação como um “ataque à república”. A greve, que teve adesão mista, causou interrupções significativas no transporte e serviços, resultando em um prejuízo estimado de US$ 880 milhões (cerca de R$ 5,15 bilhões) para a economia argentina.
Durante a paralisação, trens e metrôs foram interrompidos, mais de duzentos e cinquenta voos foram cancelados, e os serviços de entrega e bancos também foram afetados. Funcionários públicos aderiram em grande número, mas muitas lojas permaneceram abertas e parte do transporte público funcionou normalmente. O movimento, liderado pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), buscou apoio em um protesto de aposentados que reivindicavam aumentos nas pensões, que atualmente estão em torno de US$ 300 mensais, perdendo valor devido à inflação.
Os sindicatos, historicamente alinhados ao partido peronista, agora na oposição, são vistos como um obstáculo para as reformas que Milei tenta implementar. O porta-voz do governo, Manuel Adorni, criticou a greve, chamando-a de ação da “casta sindical kirchnerista”. Em resposta, Milei manteve uma postura firme, celebrando a visita do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e postando imagens de seu gabinete em atividade.
A expectativa do governo argentino é que um pacote de resgate de US$ 20 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI) seja anunciado em breve, o que poderia ajudar a aliviar a crise econômica. A situação continua tensa, com os sindicatos se preparando para novas mobilizações em resposta às políticas de austeridade do governo.
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