11 de abr 2025
Câmara avança com projeto de anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro, mas polêmica persiste
Sóstenes Cavalcante coleta assinaturas para urgência da anistia, mas Gleisi Hoffmann e Hugo Motta buscam consenso para evitar votação.
Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)
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O projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro avança na Câmara dos Deputados, com Sóstenes Cavalcante, líder do PL, anunciando a coleta de mais de 257 assinaturas para tramitação em regime de urgência. A proposta, no entanto, enfrenta resistência, com a ministra Gleisi Hoffmann e o presidente da Câmara, Hugo Motta, buscando evitar sua votação e promover um consenso entre os Poderes.
Apesar do apoio, Paulo Foletto, deputado do PSB, retirou sua assinatura, alegando um erro de sua equipe, reafirmando sua oposição ao projeto. O Placar da Anistia do Estadão revela que, entre os 258 deputados que assinaram, muitos não garantem apoio à proposta, com 201 favoráveis e 127 contrários. A urgência permite que o projeto seja votado sem passar por comissões, acelerando sua análise.
Gleisi Hoffmann, em declarações, defendeu a necessidade de um debate sobre a revisão de penas, mas enfatizou que não se pode anistiar aqueles que lideraram o golpe. O governo admite discutir a redução de penas para crimes menos graves, mas mantém a preocupação de não comprometer a autonomia do Judiciário. Motta, por sua vez, busca uma solução que evite uma crise institucional.
A proposta de anistia, que poderia beneficiar até dois mil réus investigados, ainda não tem um texto definido. Sóstenes afirmou que a urgência e o mérito do projeto podem ser votados na mesma sessão, prevendo que a tramitação ocorra em breve. A situação continua tensa, com a possibilidade de obstrução legislativa caso o projeto não seja pautado.
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