Câmara de São Paulo pode ter vereadora na presidência a cada legislatura para promover igualdade de gênero

Câmara de São Paulo analisa proposta para vereadora presidir a Casa

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Ricardo Teixeira (União), propôs que uma vereadora assuma a presidência da Casa por pelo menos um ano a cada legislatura de quatro anos. A medida visa democratizar o poder e aumentar a representatividade feminina na política local.

Teixeira defende que a iniciativa busca “corrigir desigualdades históricas” e inspirar outras mulheres a se envolverem na política. Segundo a Câmara, o projeto será analisado por quatro comissões antes da votação em Plenário: Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa, Comissão de Administração Pública, Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher e a Comissão de Finanças e Orçamento.

A vereadora Janaina Paschoal (PP) manifestou apoio à proposta, ressaltando que a presença feminina na Câmara já é significativa. “Não vejo como uma ação afirmativa, vejo como algo justo”, declarou ao portal UOL. Atualmente, a Câmara de São Paulo conta com a maior bancada feminina de sua história, com 20 vereadoras, o que representa 36,3% do total de cadeiras.

A composição da bancada feminina é diversificada, com 13 vereadoras de partidos de centro e direita, como MDB, PSD, PL e PP, e 7 de partidos de esquerda, incluindo PT, PSOL, Rede e PSB. A mesa diretora da Câmara, no entanto, é composta exclusivamente por homens. O presidente Ricardo Teixeira, os vice-presidentes João Jorge (MDB) e Isac Felix (PL), e os secretários Helio Rodrigues (PT) e Milton Ferreira (Podemos) formam a atual liderança da Casa.