Política

Redução da jornada de trabalho pode causar queda de 14% no PIB e milhões de empregos perdidos

Redução da jornada de trabalho no Brasil pode levar a queda do PIB e milhões de empregos, segundo estudos da Fiemg e economistas.

Fábrica Limppano (Foto: Foto Ana Branco / Agencia O Globo)

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Estudos apontam impactos negativos da redução da jornada de trabalho no Brasil

Projetos que visam reduzir a jornada semanal de trabalho no Congresso Nacional enfrentam críticas de especialistas, que preveem consequências negativas para a economia brasileira. A discussão, impulsionada por setores de esquerda, ignora dados que indicam queda no Produto Interno Bruto (PIB) e aumento do desemprego.

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) realizou estudo que aponta para uma possível queda de 14,2% no PIB caso a jornada seja reduzida para 40 horas semanais. A pesquisa considera um aumento de 1% na produtividade do trabalho, cenário otimista em comparação com a média histórica do país.

Sem o aumento da produtividade, a queda no PIB poderia chegar a 16%, com a perda de 18 milhões de empregos e uma redução de R$ 118 bilhões na arrecadação de impostos. O economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, da Fundação Getulio Vargas (FGV), também realizou estudo que indica impacto negativo.

A análise de Barbosa Filho estima que a redução da jornada para 36 horas resultaria em uma queda de 11,3% no valor adicionado pelo trabalho à economia. O consenso entre os especialistas é que a redução da jornada, sem aumento da produtividade e sem a correspondente diminuição dos salários, levaria ao aumento da inflação.

A principal preocupação é que muitas empresas não conseguiriam absorver o aumento de custos, sendo forçadas a demitir funcionários ou a substituir trabalhadores formais por informais. A produtividade do trabalho no Brasil tem apresentado evolução medíocre nas últimas décadas.

A experiência da Coreia do Sul, que adotou a semana de cinco dias em 2004, é citada como um caso de sucesso, mas com ressalvas. O país asiático apresenta alta produtividade e manteve o desemprego abaixo de 5%, mesmo durante a pandemia. No Brasil, o brasileiro já trabalha menos horas que a média global, sem apresentar ganhos significativos em produtividade.

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