Política

Governo mexicano propõe reforma após comercial antiimigrante de Trump em TV nacional

Governo mexicano propõe reforma para proibir propaganda estrangeira na TV após comercial anti imigração dos EUA gerar polêmica.

Kristi Noem na campanha televisada, em abril de 2025. (Foto: Departamento de Segurança Nacional)

Kristi Noem na campanha televisada, em abril de 2025. (Foto: Departamento de Segurança Nacional)

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México endurece regras contra propaganda estrangeira após comercial anti-imigração dos EUA

A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, anunciou uma reforma para proibir a veiculação de propaganda de governos estrangeiros na TV, após a exibição de um comercial dos EUA com conteúdo discriminatório contra imigrantes. A medida visa evitar que governos utilizem o espectro radioelétrico mexicano para difundir agendas políticas e ideológicas.

O comercial, veiculado pela emissora Televisa, mostra a secretária de Segurança dos EUA, Kristi Noem, alertando sobre as consequências de imigrar ilegalmente. A peça, transmitida em inglês com legendas em espanhol, afirma que imigrantes serão “caçados” e deportados. O governo mexicano classificou o anúncio como discriminatório e ofensivo à dignidade humana.

Governo identifica brecha legal

Sheinbaum apontou um vazio legal que permitiu a veiculação do comercial. Segundo a presidente, uma lei de 2014 eliminou a proibição expressa de propaganda estrangeira na TV. A reforma proposta visa restabelecer a proibição, reestruturando a legislação para evitar que situações como essa se repitam.

A Secretaria de Governo (Segob) já solicitou à Televisa que retirasse o comercial do ar, argumentando que não havia impedimento legal para a veiculação. A emissora se defendeu alegando que o acordo com o governo americano estava em conformidade com a lei vigente.

Iniciativa prevê sanções

A nova iniciativa legislativa, segundo fontes do governo, devolverá à Segob o poder de regular o conteúdo de rádio e televisão. A proposta também prevê a aplicação de sanções aos concessionários que violarem a proibição de transmitir propaganda patrocinada por governos estrangeiros.

Especialistas em mídia apontam que a lei de 2014 diminuiu a capacidade de regulamentação do Estado sobre o conteúdo veiculado. A reforma busca fortalecer o papel do governo na proteção dos direitos humanos e na prevenção da discriminação.

Campanha americana tem custo elevado

O Departamento de Segurança Nacional dos EUA já investiu cerca de 9 milhões de dólares na veiculação do comercial em território americano. O custo da campanha fora dos EUA ainda não foi divulgado. A secretária Noem anunciou novas mensagens contra a migração irregular, que serão transmitidas em nível nacional e internacional.

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