Política

Governo busca aprovação de fundo privado para infraestrutura fora do Orçamento

Projeto de lei que torna fundo privado para recuperação do Rio Grande do Sul permanente enfrenta resistência do TCU e da oposição.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao lado do presidente do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo. (Foto: Gabriela Biló / Folhapress)

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Um projeto de lei que visa tornar permanente o fundo privado de Apoio à Infraestrutura para Recuperação e Adaptação a Eventos Climáticos Extremos será votado na Câmara dos Deputados na próxima segunda-feira (28). O fundo, criado pelo governo federal de Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu um aporte inicial de R$ 6,5 bilhões para a reconstrução do Rio Grande do Sul após enchentes.

A proposta, relatada pelo deputado Nilto Tatto (PT-SP), integra o conteúdo de duas medidas provisórias editadas no ano passado. Se aprovada, a nova legislação permitirá que o fundo, administrado pela Caixa Econômica Federal, receba novos aportes da União. No entanto, o Tribunal de Contas da União (TCU) recomenda que a tramitação do projeto aguarde a conclusão de uma auditoria sobre fundos privados, que pode afetar as contas públicas.

Vital do Rêgo, presidente do TCU, alertou que o uso de fundos privados para financiar políticas públicas pode comprometer a transparência fiscal. Ele destacou que a utilização desses recursos, que não transitam pelo Orçamento da União, pode gerar um cenário de aumento de juros e impacto na inflação. O TCU já havia indicado que não aceitaria o uso de dinheiro de fundos privados para despesas públicas fora do Orçamento.

A discussão sobre o projeto já começou no plenário, onde a liderança do governo defendeu a manutenção da palavra "privado" na designação do fundo. A oposição, por sua vez, critica essa nomenclatura, argumentando que permite um orçamento paralelo que oculta a realidade das contas públicas. A líder da minoria, Caroline de Toni (PL-SC), questionou a resistência do governo em classificar os fundos como públicos.

O relator do projeto, Nilto Tatto, não se manifestou sobre as críticas, enquanto o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) defendeu a proposta, afirmando que o fundo é necessário para a execução de obras de longo prazo. A votação do projeto poderá ter implicações significativas para a gestão fiscal do país.

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