26 de abr 2025
Sánchez desautoriza Marlaska e rescinde contrato de compra de munições israelenses
Crise pela compra de munições a empresa israelense força Fernando Grande Marlaska a recuar, mas a confiança de Pedro Sánchez permanece.
Reunião do Conselho de Segurança Nacional, no Palácio de La Zarzuela, nesta quinta-feira, com os ministros Fernando Grande-Marlaska e Félix Bolaños, a vice-presidente segunda, Yolanda Díaz, e o presidente do Governo, Pedro Sánchez. (Foto: Casa de S.M. el Rey)
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A crise política no governo espanhol se intensificou após a compra de munições no valor de seis milhões de euros de uma empresa israelense. O ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, foi pressionado a rever sua posição sobre o contrato, que será rescindido por um organismo externo. A decisão ocorreu após a intervenção do presidente do governo, Pedro Sánchez, e tensões com o partido Sumar.
Grande-Marlaska havia afirmado que a rescisão do contrato era inviável, mas a pressão interna e externa forçou uma mudança de postura. Fontes próximas a Sánchez afirmam que, apesar do erro político, o presidente ainda confia no ministro, que ocupa o cargo desde 2018. Marlaska já enfrentou críticas em crises anteriores, mas sempre manteve seu posto.
A situação gerou descontentamento entre os aliados do governo, especialmente com Sumar, que considerou a manutenção do contrato uma deslealdade. A compra de munições contradiz a posição de Sánchez sobre a guerra em Gaza, onde ele defende a condenação das ações israelenses e o reconhecimento da Palestina. O presidente havia garantido no Congresso que não haveria compras de armas enquanto os ataques a Gaza continuassem.
Para evitar problemas legais, o governo anunciou que um organismo externo, a junta de investimento de material de dupla utilização, negará a autorização de importação das munições. Essa estratégia permite que o Ministério do Interior justifique a rescisão do contrato sem implicações legais diretas.
A crise também expôs a tensão entre o governo e a esquerda, com a Izquierda Unida ameaçando deixar a coalizão se a situação não fosse resolvida. A pressão sobre Sánchez aumenta, especialmente com a cúpula da OTAN se aproximando, onde se espera que o governo se comprometa a aumentar os gastos em defesa. A resolução da crise das munições é vista como um passo necessário para estabilizar a coalizão e evitar novas turbulências políticas.
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