Política

Governo Lula utiliza cargos em estatais para fortalecer base aliada no Congresso

Governo Lula indica 323 aliados a conselhos de estatais, levantando questões sobre critérios técnicos e a influência política nas nomeações.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante cerimônia com a presença do presidente da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre (Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO)

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BRASÍLIA - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem utilizado cargos em conselhos de estatais para fortalecer sua base no Congresso. Recentemente, foram indicados 323 aliados do presidente para esses postos, que oferecem influência na gestão das empresas e remunerações adicionais, conhecidas como jetons.

As nomeações incluem figuras ligadas aos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. O Planalto afirma que as indicações seguem a Lei das Estatais e são avaliadas por comitês de elegibilidade. No entanto, a falta de critérios técnicos adequados nas nomeações tem gerado preocupações.

Entre os indicados, destacam-se Marcone dos Santos, assistente técnico no gabinete de Motta, que é membro do conselho fiscal da Infraero, e Mariangela Fialek, assessora da Presidência da Câmara, conselheira da Brasilcap. Fialek, conhecida nos corredores do Congresso, foi uma das principais articuladoras da distribuição de emendas.

Outros nomes incluem Inácio Melo Neto, presidente da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, e Micheline Xavier Faustino, assessora do senador Rodrigo Pacheco, que integra conselhos da PPSA e da Eletronuclear. As remunerações desses cargos podem chegar a R$ 13,7 mil mensais.

A situação levanta questões sobre a influência política nas nomeações e a conformidade com os critérios técnicos exigidos. A reportagem procurou os parlamentares e seus auxiliares, mas não obteve respostas. A prática de indicar aliados para cargos em estatais é uma estratégia comum em governos para garantir apoio legislativo.

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