03 de mai 2025
Câmara dos Deputados vota proposta para aumentar número de deputados federais em 2025
Câmara vota urgência para projeto que aumenta número de deputados de 513 para 527, evitando perdas para estados após Censo 2022.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados) Plenário da Câmara dos Deputados. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
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A Câmara dos Deputados votará na próxima segunda-feira (5) um requerimento de urgência para analisar um projeto que propõe aumentar o número de deputados federais de 513 para 527. A medida é uma resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a redistribuição das cadeiras com base no Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 177, de 2023, visa evitar perdas para estados que poderiam ser prejudicados pela nova distribuição. A proposta, que deve ser votada em caráter de urgência, foi discutida em reuniões com líderes da Casa. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu que a solução para a redistribuição seria a criação de 14 novas cadeiras, garantindo que nenhum estado perca representação.
Caso o projeto seja aprovado, sete estados ganharão cadeiras, enquanto outros sete perderão. Os estados que devem aumentar suas representações são Santa Catarina (+4), Pará (+4), Amazonas (+2), além de Ceará, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso (+1 cada). Por outro lado, Rio de Janeiro (-4), Rio Grande do Sul, Piauí, Paraíba, Bahia (-2 cada), e Pernambuco e Alagoas (-1 cada) sofrerão reduções.
Implicações da Proposta
A proposta também altera a legislação que define o número máximo de deputados federais. O texto estabelece que a composição da Câmara "não será inferior a 513 representantes", ao contrário da norma atual que limita a 513. O relator do projeto, Damião Feliciano (União-PB), enfatizou a importância da redistribuição, que impacta não apenas a representação política, mas também a financeira dos estados.
A urgência da votação se dá pelo prazo estabelecido pelo STF, que determina que a redistribuição deve ser aprovada até 30 de junho de 2025. Se não houver aprovação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá redistribuir as cadeiras por meio de resolução. A proposta original, da deputada Dani Cunha (União-RJ), busca invalidar os dados do Censo de 2022 como critério para a atualização das bancadas, gerando polêmica entre os parlamentares.
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