03 de mai 2025
Escola na Brasilândia adota modelo cívico-militar após apoio de pais e professores
Modelo cívico militar chega à Escola Estadual Professora Anilza Pizoli, em Brasilândia, com 87% de apoio da comunidade escolar.
Escola Estadual Professora Anilza Pioli, na Brasilândia, Zona Norte de São Paulo (Foto: Guilherme Queiroz/ O GLOBO)
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A Escola Estadual Professora Anilza Pizoli, localizada em Brasilândia, adotará o modelo cívico-militar a partir do segundo semestre de 2025. A decisão foi aprovada por 87% da comunidade escolar, que acredita que a mudança pode melhorar a disciplina e a convivência entre alunos e professores.
A escola, que atende cerca de duzentos alunos de 11 a 14 anos, enfrenta desafios como desrespeito aos docentes e problemas com drogas nas proximidades. Pais e professores relatam que a unidade possui uma "má fama" na região. Ricardo Duarte Mendes, pai de uma aluna, afirmou: "A escola está bagunçada. Espero que agora melhore." Ele destacou que a presença de policiais militares pode trazer mais disciplina.
A adesão ao modelo cívico-militar foi decidida após votação da comunidade escolar, que incluiu pais, alunos e professores. A Secretaria Estadual de Educação informou que 302 escolas manifestaram interesse em implementar o modelo. Na Anilza Pizoli, a votação resultou em 87% de apoio à mudança.
Críticas e Apoios
Apesar do apoio, o modelo cívico-militar enfrenta críticas. A gerente de projetos Patricia Fernandes, mãe de uma aluna, expressou preocupações sobre a perda de liberdade individual. "Entendo o ponto de vista de se ter mais segurança e disciplina, mas você perde o livre arbítrio," disse. As regras do modelo incluem orientações sobre cortes de cabelo e uso de acessórios, o que gera controvérsias.
Os docentes da escola, embora não tenham se manifestado publicamente contra a mudança, esperam que a presença dos policiais militares ajude a melhorar a convivência. Os policiais atuarão na entrada, saída e intervalos, além de participar de projetos educativos. A seleção dos policiais será feita pela Secretaria de Educação até o fim de maio.
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