03 de mai 2025
Casa Branca propõe cortes de 50% no orçamento da Nasa e prioriza exploração lunar e marciana
Cortes drásticos no orçamento da NASA para 2026 ameaçam missões lunares e marcianas, priorizando competição com a China.
Estudantes, pesquisadores e manifestantes da Universidade da Califórnia em Los Angeles se reúnem durante o protesto "Kill the Cuts" contra os cortes de verbas do governo Trump para pesquisa, saúde e ensino superior. (Foto: Robyn Beck/AFP)
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A proposta de orçamento federal para 2026, apresentada pela Casa Branca, sugere um corte de 50% nos recursos da NASA. A nova diretriz prioriza a competição com a China, focando em missões lunares e na colocação do primeiro humano em Marte. O orçamento total para a agência será de US$ 18,8 bilhões, uma redução de 25% em relação a 2025.
Os cortes mais significativos afetarão os programas científicos da NASA. O documento menciona a eliminação da missão de retorno de amostras de Marte, que contava com o rover Perseverance para coletar rochas. A China, com um programa similar, planeja lançar sua missão em 2028.
Mudanças no Programa Artemis
A proposta também altera drasticamente o programa Artemis, que visa o retorno de astronautas à Lua. O orçamento prevê o cancelamento do foguete SLS (Space Launch System) e da cápsula Orion, após três voos planejados. As missões Artemis 2 e Artemis 3, que deveriam ocorrer em 2025 e 2027, respectivamente, serão afetadas. O governo propõe substituir esses voos por sistemas comerciais mais econômicos.
Além disso, o programa Gateway, que previa a construção de uma estação orbital lunar com colaboração internacional, também será encerrado. Os gastos com a Estação Espacial Internacional (ISS) serão reduzidos para US$ 2,5 bilhões, preparando sua desativação até 2030.
Cortes em Programas Educacionais
O orçamento também extinguirá os programas de educação STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) da NASA. O governo argumenta que a agência deve inspirar a próxima geração por meio de missões espaciais, e não por meio de subsídios a programas educacionais.
Essas propostas de cortes já enfrentaram resistência bipartidária no Congresso, que frequentemente reverte decisões orçamentárias do Executivo. A definição final dos recursos da NASA será debatida nos próximos meses.
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