06 de mai 2025
Governo indiano exige devolução de joias sagradas ligadas a Buda antes de leilão
Governo indiano ameaça ações legais contra Sotheby's para impedir leilão de joias sagradas ligadas ao Buda, consideradas patrimônio cultural.
As pedras preciosas Piprahwa vão a leilão (Foto: Reprodução/Sotheby's)
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O governo indiano anunciou que tomará ações legais contra a Sotheby's em Hong Kong, a menos que a casa de leilões cancele a venda de joias associadas aos restos do Buda. O leilão está agendado para 7 de maio e inclui relíquias sagradas consideradas patrimônio cultural.
As joias, que incluem cerca de 1.800 gemas como rubis e safiras, foram descobertas em 1898 por William Claxton Peppé, um engenheiro britânico, durante escavações em Piprahwa, na Índia. O Ministério da Cultura da Índia afirmou que a venda viola leis culturais nacionais e internacionais, além de convenções da ONU, e pediu a devolução dos artefatos.
O ministério também destacou que as joias não devem ser tratadas como meros objetos de arte, mas sim como parte do patrimônio religioso e cultural da Índia. A venda foi criticada por acadêmicos e líderes budistas, que consideram as relíquias sagradas e parte da memória coletiva da tradição budista.
A Sotheby's, por sua vez, afirmou que está dando atenção total ao assunto e que a família Peppé, que detém as joias, não tem autoridade para vendê-las. O governo indiano exigiu um pedido de desculpas público e a divulgação de todos os registros de propriedade das relíquias. Caso as demandas não sejam atendidas, o governo ameaçou iniciar processos legais tanto na Índia quanto em Hong Kong.
Chris Peppé, bisneto de William Peppé, declarou que a família considerou a doação das relíquias, mas encontrou dificuldades. Ele argumentou que o leilão seria a forma mais justa de transferir as joias para a comunidade budista. A expectativa é que o leilão alcance um valor em torno de HK$ 100 milhões (aproximadamente R$ 12,9 milhões).
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