08 de mai 2025
Belém enfrenta desafios de infraestrutura e saneamento antes da COP30
COP30 em Belém enfrenta críticas por infraestrutura precária e déficit de leitos, com apenas 36 mil disponíveis para 50 mil participantes.
Obra na etapa 1 do projeto do Parque Urbano São Joaquim, em Belém (PA) (Foto: Vinicius Sassine - 24.mar.25/Folhapress)
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A COP30, a maior conferência ambiental do mundo, ocorrerá em Belém, no Pará, em 2025. A cidade enfrenta críticas devido à sua infraestrutura, especialmente no que diz respeito ao saneamento básico, onde oito em cada dez moradores não têm acesso à coleta de esgoto.
A cidade apresenta um déficit de 14 mil leitos para os participantes, com apenas 36 mil disponíveis. Além disso, há preocupações com a mobilidade urbana e a qualidade do transporte público durante o evento. O sistema de transporte público, já precário, terá um aumento de 30% na frota, com a adição de 300 ônibus equipados com Wi-Fi e ar-condicionado.
Desafios de Infraestrutura
O investimento do estado do Pará em saneamento é de apenas R$ 22 por pessoa ao ano, muito abaixo da média nacional de R$ 111. O Parque Urbano São Joaquim, que recebeu R$ 170 milhões da hidrelétrica de Itaipu, está em obras atrasadas e não tem previsão para a conclusão de drenagem e saneamento.
Os participantes da COP30 enfrentarão ainda o trânsito caótico da cidade, que possui ruas estreitas. Para acomodar os visitantes, o governo federal considera deslocar 350 ônibus da região para transportar os participantes até o Parque da Cidade, onde o evento será realizado.
Acomodação e Mobilidade
O porto de Outeiro, a 30 quilômetros da sede, foi reformado para receber grandes navios, mas não é uma opção prática para os 6 mil hóspedes que ficarão sem alternativas. A escassez de leitos inclui 5 mil fora do município, em locais distantes e de difícil acesso.
As soluções propostas para a COP30, como a antecipação de férias e a chegada de chefes de Estado, parecem improvisadas. O governo busca acordos para controlar os preços de hotéis e passagens aéreas, mas a eficácia dessas medidas é questionável. Moradores já veem a conferência como uma perturbação sem um legado civilizador significativo.
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