08 de mai 2025
Governo dos EUA questiona tratamentos hormonais para adolescentes com disforia de gênero
Relatório do governo dos EUA questiona tratamentos de transição de gênero para adolescentes, priorizando psicoterapia e levantando riscos.
Bandeira transgênero é erguida durante protesto no Capitólio de Utah, em Salt Lake City (EUA), em 5 de abril de 2025. A manifestação fez parte da série de atos nacionais “Hands off”, contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. (Foto: Jim Urquhart/REUTERS)
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O governo federal dos Estados Unidos divulgou um relatório na quinta-feira (1º) que afirma não haver evidências científicas suficientes para justificar tratamentos hormonais e cirúrgicos em adolescentes com disforia de gênero. O documento prioriza a psicoterapia e levanta preocupações sobre os riscos a longo prazo dessas intervenções.
O relatório representa uma mudança significativa em relação às recomendações anteriores da agência e ao posicionamento de entidades médicas. Os autores do documento não foram identificados, e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) anunciou que realizará uma revisão pós-publicação em breve. O texto não estabelece padrões médicos nem recomendações de política pública.
A análise se baseia em revisões científicas sobre bloqueadores de puberdade, terapias hormonais e cirurgias de redesignação sexual. O parecer conclui que os benefícios dessas intervenções são incertos, enquanto os riscos, como a perda de fertilidade, são mais concretos. A Academia Americana de Pediatria está conduzindo sua própria revisão e defende os tratamentos de afirmação de gênero como eficazes para aliviar o sofrimento psicológico de jovens trans.
Em janeiro, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva chamada "Protegendo Crianças da Mutilação Química e Cirúrgica", que classificava os tratamentos de transição de gênero para menores como um "dano flagrante às crianças". A presidente da Academia, Susan Kressly, criticou o relatório, afirmando que ele "deturpa o consenso médico atual" e prioriza opiniões em vez de uma análise imparcial das evidências.
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