Lula garante que aposentados serão ressarcidos após fraudes de R$ 6,3 bilhões no INSS

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que resultou em desvios de R$ 6,3 bilhões. O presidente garantiu que os aposentados não terão prejuízo, mas o ressarcimento depende da identificação das vítimas. Durante uma viagem à Rússia, Lula afirmou que a investigação está em andamento e que não há pressa para apurar os fatos.

A situação levou à demissão do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Lula destacou que as fraudes começaram em 2019, durante o governo de seu antecessor, Jair Bolsonaro. Ele enfatizou que a investigação está sendo conduzida com seriedade, evitando "pirotecnia" que poderia desviar a atenção do foco principal.

O governo estuda um acordo judicial que permitiria o ressarcimento das vítimas sem comprometer o orçamento federal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou que o ressarcimento pode ser feito com recursos bloqueados das associações investigadas. Essa abordagem visa evitar uma avalanche de ações judiciais contra o INSS após o reembolso.

Além disso, o desconto de parcelas de empréstimos consignados para beneficiários do INSS foi bloqueado devido a suspeitas de irregularidades. O Congresso Nacional também está considerando a possibilidade de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal estão atuando para identificar os responsáveis pelas fraudes, enquanto Lula reafirma que as vítimas não serão prejudicadas.