Ministro do Trabalho defende redução da jornada e critica escala 6x1 como cruel

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, declarou que a jornada de trabalho 6x1 é "cruel", mas não prevê sua eliminação imediata. Durante visita à 5ª Feira da Reforma Agrária, em São Paulo, ele defendeu a redução da carga horária semanal para 40 horas, sem diminuição salarial.

Marinho enfatizou a importância de um debate "saudável" sobre a jornada de trabalho, buscando um entendimento que não cause alarde entre os empresários. Ele acredita que o Congresso pode aprovar a proposta de forma rápida, mas não vê viabilidade para acabar com a jornada 6x1 de forma abrupta. "Seria muito positivo, porque o 6x1 é uma jornada cruel, em especial para as mulheres," afirmou.

Investigação do INSS

Em relação à crise do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Marinho apoiou a investigação em curso e a punição dos responsáveis por irregularidades. Ele destacou que a situação se agravou a partir de 2019, quando o governo anterior não tomou medidas. O ministro garantiu que "pensionistas serão ressarcidos de cada centavo" que lhes foi retirado indevidamente.

Proposta para o Parque da Água Branca

Marinho também mencionou sua antiga proposta de transferir a administração do Parque da Água Branca para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ele recordou que, em sua candidatura ao governo de São Paulo em 2018, já defendia essa ideia. O parque, atualmente sob gestão privada, tem enfrentado críticas por suas recentes administrações. Marinho comentou: "Quem sabe? Utopia. Sonhar faz parte do processo de construção da realidade."