19 de mai 2025
Lula enfrenta crise de popularidade após escândalo no INSS e instabilidade econômica
Escândalo no INSS reverte leve recuperação de Lula, enquanto CPI pode intensificar crise e desviar foco de soluções para a população.
Ao lado de Lula, o publicitário Sidônio Palmeira no dia em que tomou posse como secretário de Comunicação do governo (Foto: Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta uma nova crise de popularidade devido a um escândalo de corrupção no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A situação se agravou após a revelação de desvios que ocorreram desde 2019, impactando negativamente a leve recuperação de apoio que o presidente havia registrado anteriormente.
Pesquisas internas indicam que a aprovação do governo caiu após o escândalo, que foi exposto em uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU). Antes do escândalo, o Datafolha mostrava uma leve melhora na aprovação, que subiu de 24% para 29% entre fevereiro e abril. No entanto, a crise no INSS reverteu esse avanço, levando a um derretimento preocupante da imagem do presidente.
CPI e Repercussões
Parlamentares de oposição já protocolaram pedidos para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso, que promete trazer mais visibilidade ao escândalo. O senador Fabiano Contarato (ES), do PT, também apoiou a formação da CPI, destacando a necessidade de investigar a origem do esquema. A eventual instalação da CPI pode causar danos significativos ao governo, semelhante ao impacto da CPI da Covid-19 sobre a gestão anterior.
A comunicação do governo, sob a responsabilidade do ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, tem sido criticada por sua lentidão em responder à crise. Um levantamento da consultoria Quaest revelou que o escândalo do INSS gerou 2,6 vezes mais menções nas redes sociais do que a crise do PIX, que também afetou a popularidade do governo.
Desafios Econômicos
Além da crise de imagem, o governo enfrenta desafios econômicos, como a inflação alta e a instabilidade nas relações com o Congresso. A taxa de juros foi elevada de 13,25% para 14,25%, e o Banco Mundial reduziu a previsão de crescimento do Brasil para 1,8% em 2025. A economista Isabela Tavares apontou que as classes D e E estão comprometendo quase 80% da renda com despesas essenciais.
A situação atual reflete um clima de incerteza e descontentamento entre a população, que aguarda soluções concretas para os problemas enfrentados. O governo, por sua vez, tenta emplacar agendas positivas, mas a crise no INSS ofusca esses esforços.
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