Lisa Randall, pioneira em física teórica, desafia limites e promove ciência acessível

Lisa Randall, física teórica de renome, expressou preocupações sobre os impactos da presidência de Donald Trump na pesquisa científica. Em protestos recentes, ela criticou os cortes de financiamento à ciência, destacando a perda de R$ 450 milhões em subsídios pela Universidade de Harvard, onde leciona.

Randall, que co-desenvolveu o modelo Randall-Sundrum, que propõe a existência de dimensões extras, continua a investigar temas como matéria escura e supersimetria. Em seu livro "A matéria escura e os dinossauros", ela sugere que a matéria escura pode ter contribuído para a extinção dos dinossauros.

A física, que se destacou como a primeira mulher a obter titularidade no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e em Harvard, é reconhecida por sua habilidade em tornar conceitos complexos acessíveis ao público. Ela já escreveu quatro livros, todos traduzidos para o espanhol, e sua obra "Universos ocultos" foi considerada uma das melhores de dois mil e cinco pelo The New York Times.

Randall também se envolveu em atividades artísticas, como a escrita de um libreto de ópera, "Hypermusic: Prologue", que explora temas científicos. Além disso, ela se preocupa com o futuro da pesquisa científica, afirmando que os cortes promovidos pelo governo atual podem atrasar o progresso já alcançado.

A física enfatiza a importância da colaboração internacional na ciência, observando que muitos de seus alunos de pós-doutorado não são americanos. Ela defende que a pesquisa científica é crucial para o desenvolvimento de medicamentos e controle de doenças, alertando sobre os riscos de intervenções políticas na área.